MAIS MULHERES
*Luísa Melo
O mundo dos negócios já descobriu que ter mulheres em cargos de liderança é saudável para qualquer empresa. Uma pesquisa divulgada em junho pela McKinsey confirma essa tendência: de um universo de 247 companhias da América Latina, o resultado operacional das empresas que tinham mulheres em seus comitês ficou em média 47% acima do das que tinham apenas homens. Para atrair e reter talentos femininos e garantir a diversidade, corporações estão oferecendo os mais diversos benefícios: de home office a mentoring. Veja algumas empresas que já contam com esse tipo de iniciativa.
Na Anglo American
A mineradora Anglo American pretende aumentar de 17% para 25% o percentual de mulheres no seu quadro de funcionários global até 2018. A bandeira foi levantada em 2007 quando uma americana, Cynthia Carroll, assumiu o posto de CEO global da companhia em Londres. Cynthia não está mais na empresa, mas seu legado continua. As funcionárias da unidade de níquel, por exemplo, percorrem escolas técnicas e apresentam as suas atividades para incentivar as meninas a optarem por cursos ligados à mineração, ainda predominantemente masculinos. “Quando elas vêem uma mulher bonita, bem vestida, e que trabalha na Anglo American, perde-se um pouco do estigma de que é preciso se ‘masculinizar’ para trabalhar com mineração”, diz Cristina Isola, gerente corporativa de Recursos Humanos da Unidade de Negócio Níquel da companhia. Nos programas de trainee da empresa, toda vez que uma mulher chega até a fase final de seleção, ela é contratada. Além disso, há uma cota de 25% para as mulheres nos programas de desenvolvimento da mineradora, do qual somente funcionários destaques podem participar. Esse programa equivale a um curso de extensão exclusivo para a Anglo American ministrado no exterior, geralmente em parceria com a Universidade de Johanesburgo, na África do Sul. Este ano, a parceria foi feita pela primeira vez com a Universidade de Navarra, na Espanha. Além disso, a companhia estendeu os benefícios de auxílio creche para crianças até cinco anos (antes era dois anos) e a licença maternidade de quatro para seis meses. “Houve um impacto significativo nos custos, mas também um bom resultado na retenção”, destaca Cristina
Fonte: Exame
- Envie para
um amigo