Segundo a consultora de Recursos Humanos e Sustentabilidade, Ana Rosa Girardi, no setor sucroenergético há dificuldade masculina em lidar com o trabalho da mulher. “Mas, isso depende também da característica da liderança.” Nesse caso deu como exemplo a empresa de seu marido, uma consultoria de tecnologia da informação, em que 50% das gerentes de projetos são mulheres e elas atendem o setor. Também citou que, das quatro células existentes na empresa, três são lideradas por mulheres.
No caso da agroindústria canavieira, Ana Rosa acredita que a recepção à mulher precisa evoluir, pois, principalmente, nas posições operacionais nas áreas agrícolas e industriais, a mulher precisa mudar suas características para provar que dá conta do recado.
Ana vê como bastante positivo o crescimento da atuação das mulheres em áreas de qualidade, sustentabilidade e suprimento. “As mulheres têm se saído muito bem no papel de negociadoras”, salienta. No quadro geral, a consultora disse que a evolução está em curso no setor, tanto que no primeiro balanço social que ela realizou não havia o indicador sobre a quantidade de homens e mulheres na empresa. "Hoje é um indicador base. "
O resultado dos indicadores tem mostrado que a participação da mulher nas várias áreas do setor ainda é menor que o desejável, principalmente na área executiva. “Ao mostrar esses indicadores aos diretores, fiquei um pouco preocupada, pois eles acham que precisa aumentar apenas na área executiva, nas demais está tudo certo. Não é bem assim, o que mostra que devemos continuar lutando para conquistar nosso espaço no setor sucroenergético”, conclui.
Por: Luciana Paiva
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