"BNDES diz que tem crédito (para miniusinas de etanol de milho)", diz Glauber Silveira
02-04-2015

A Associação de Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja-MT) se articula junto a seus associados para a instalação de miniusinas de etanol de milho no Estado. Para desenvolver a atividade, produtores do grão precisam de crédito. De acordo com Glauber Silveira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dispõe de crédito para financiamento das usinas.

"O BNDES diz que tem crédito (para a criação de miniusinas de etanol de milho), mas ainda não temos certeza porque o Brasil está em contenção de gastos", contou em entrevista por telefone à Revista Globo Rural. Cada usina deve custar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões, ao invés de R$ 300 milhões de uma grande destilaria; e deve produzir 50 mil litros por dia cada. "Esse valor é pouco perto de outros investimentos. Ao invés de fazer uma usina maior, pode-se fazer dez menores em varios municípios, fomentando mais indústrias, mais empregos. Tem um valor social maior", defende.

Em quase meia década, os custos para abrir uma miniusina caíram bastante. "De quatro anos para cá, custava R$ 80 milhões, e era inviável. Hoje, os equipamentos estão mais baratos e o estabelecimento se paga em cinco anos", diz o conselheiro. Hoje, custa relativamente pouco, é rentável e ajuda a controlar os estoques de milho. Para safra 2015/2016 ainda não há especulação de quanto será o excedente do grão.

O financiamento é uma forma do governo sinalizar seu apoio. "Hoje o governo não impõe mais dificuldades. Se não atrapalhar, já está bom demais. Quando o processo for andando, o próprio governo tem que ter inteligência de gerenciar os estoques de milho para não faltar em outros Estados", explica Gláuber.