A cana-de-açúcar tem o que comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente
05-06-2017

Com o crescimento das áreas de preservação ambiental e o fim da queima da cana, os animais marcam presença nos canaviais
Com o crescimento das áreas de preservação ambiental e o fim da queima da cana, os animais marcam presença nos canaviais

Hoje, 5 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente, e o setor sucroenergético contribui para que o Brasil tenha o que comemorar

Dados recentes, compilados pela unidade de Monitoramento por Satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), indicam que a fatia de terras preservadas em propriedades rurais por agricultores no Estado de São Paulo é maior do que todas as reservas indígenas e unidades de conservação juntas.

No Estado de São Paulo, as terras de preservação permanente, sejam as de reserva legal ou de vegetação excedente, em 309,4 mil imóveis rurais totalizam 3,8 milhões de hectares, correspondentes a cerca de 22% da área rural do Estado.

O setor sucroenergético tem grande participação nesses números, pois a cana-de-açúcar é a principal atividade agrícola de São Paulo, estado que corresponde por quase 60% da produção nacional. Mas não adianta só produzir energia verde, é preciso ter um processo produtivo sustentável. Neste ano, comemora-se 10 anos da assinatura do Protocolo Agroambiental, iniciativa do Projeto Etanol Verde das Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e do setor sucroenergético paulista, no sentido de implementar práticas agrícolas sustentáveis.

O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o estado, no qual, voluntariamente, as usinas e fornecedores se comprometeram com a antecipação dos prazos legais para o fim da despalha da cana por meio do uso de fogo; a recuperação de matas em nascentes e a proteção das áreas de preservação de outros cursos d'água; e adoção de uma série de práticas de manejo para garantia da sustentabilidade em sua cadeia produtiva. No âmbito do Protocolo, até o final deste ano, os signatários terão eliminado por completo o uso da queima como método agrícola para despalha da cana-de-açúcar.

No período da última safra, 133 unidades agroindustriais, 24 associações de fornecedores e mais de cinco mil fornecedores de cana receberam o Certificado Etanol Verde em decorrência do cumprimento dessas ações. As signatárias são responsáveis por aproximadamente 92% da produção paulista e 44% da produção nacional de etanol. Isso significa que 26,3% da área agricultável do Estado estão compromissados com boas práticas agroambientais.

Vale ressaltar que desde o início da vigência do Protocolo, deixou-se de emitir mais de 8,65 milhões de toneladas de CO2 e mais de 52 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos, números equivalentes à emissão diária de 151 mil ônibus durante um ano.

O segmento sucroenergético também atuou na proteção e recuperação de 259 mil hectares de áreas ciliares e de cerca de 8,4 mil nascentes. Reduziu-se o consumo de água nas usinas, passando de 5,0 m3/t de cana em 1990 para 1,02 m3/t em 2016, ação refletida com o avanço da colheita crua e limpeza da cana a seco, aprimoramento dos processos industriais, sobretudo com o reuso de água.

Mas não é só no estado de São Paulo que a cana-de-açúcar está de bem com a natureza, os bons exemplos são registrados por todos os cantos onde encontra-se a lavoura canavieira. Afinal, cada vez mais, o setor se conscientiza de que práticas sustentáveis não faz só bem para o verde, mas também para a continuidade da atividade.

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