A Chandon produz borbulhas no Brasil
31-07-2017

Na Chandon Brasil, 30% das uvas são de produção própria e os outros 70% são de vinícolas familiares parcerias. Crédito: Divulgação Chandon Brasil
Na Chandon Brasil, 30% das uvas são de produção própria e os outros 70% são de vinícolas familiares parcerias. Crédito: Divulgação Chandon Brasil

Na década de 1970, foi a vez de a tradicional produtora de champagne, a francesa Moët&Chandon, aportar na Serra Gaúcha. Com sua fábrica em Garibaldi, a Chandon Brasilcontribuiu para firmar a vocação brasileira na produção de vinhos espumantes. A empresa introduziu mudas certificadas como a Riesling Itália, Chardonnay e a PinotNoir, plantou vinhedos próprios, instalou tecnologia e filosofia internacional.

Sergio Degese, diretor geral da Chandon Brasil, diz que a escolha do país se deve basicamente por três razões. A primeira é enológica: a região da Serra Gaúcha tem uma vocação nata para o cultivo de uvas com grande aptidão para a elaboração de espumantes de qualidade classe mundial. “Aliás temos que reconhecer a ousadia e a façanha dos enólogos da matriz, a Maison Moët&Chandon que detectaram este potencial no início dos anos 1970, permitindo então que a Chandon se estabelecesse naquela região a partir de 1973.”


A segunda razão, diz Sérgio, é o atrativo de um mercado com o tamanho do Brasil, especialmente, quando nessa década, o país vivia seu ‘milagre econômico’. “E a terceira reside no fato de que o Brasil era muito fechado naquela época; o champagne importado carregava impostos e taxas que multiplicavam seu preço em até três vezes, tornando seu consumo proibitivo. Tendo estas dificuldades para alimentar o mercado por fora, pensou-se em trabalhá-lo de dentro.”

Segundo Sérgio, as principais diferenças entre os vinhos produzidos pela Maison Moët&Chandon na França e o produzido no Brasil, são o terroir onde as vinícolas estão situadas, o tipo de uvas usadas para a produção do espumante e a diferenciação climática entre Brasil e França.

A Chandon Brasil, diferentemente de sua matriz, produz o espumante pelo método charmat. Mas os cuidados com a produção, começando pelos parreirais são os mesmos. No Brasil, 30% das uvas usadas são de produção própria e os outros 70% são de vinícolas familiares parcerias. Sérgio explica que para obter uma boa matéria-prima para a produção do espumante, os vinicultores cumprem critérios de qualidade desde a plantação até a colheita. Dentre eles estão temporada certa para plantação, e tempo certo de colheita. E os critérios de qualidade como tempo mínimo e técnica de envelhecimento, criação de borbulhas, tipo de fermentação e assemblage(mistura de diferentes variedades de uvas no processo de produção de um vinho).

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