A difusão da Meiosi cana MPB e amendoim
04-08-2015

Ação da Coplana permitirá a pequenos e médios produtores o acesso à alta tecnologia, mudas de cana sadia e ainda gerar renda com o amendoim

Luciana Paiva e Leonardo Ruiz

Em 2013, Ismael Perina, produtor rural em Jaboticabal, SP, presidente da Câmara Setorial Sucroenergética e diretor da Coplana – Cooperativa Agroindustrial, foi o pioneiro a adotar o sistema de Meiosi com amendoim e mudas de cana pré-brotadas (MPB). Perina iniciou com o plantio de duas ruas com MPB AgMusa da BASF, que oferece mudas sadias de cana-de-açúcar a partir de viveiros básicos formados com variedades nobres e mais produtivas.

A cana produzida nestas duas ruas era para cobrir 10 ruas onde havia amendoim. O objetivo era plantar a cana nessa área de renovação para que aproveitasse os efeitos agronômicos do amendoim, como incorporação de material orgânico e fixação simbiótica de nitrogênio de 30 a 40 Kg/ha deixados no solo. Além disso, segundo o pesquisador Newton Macedo, em área de renovação com amendoim, devido ao preparo bem feito, é menor a infestação com Sphenophorus levis, a praga que está devastando os canaviais do Centro-Sul.

A qualidade das mudas e o solo propício, fizeram que desde o início o sistema superasse as expectativas: uma única linha de cana gerou mudas para 11 ruas, a cana restante foi fornecida para a usina. “Essa cana com apenas oito meses ofereceu muito mais material que a cana convencional de 14 meses. Isso contribui para voltarmos a investir na formação de viveiros que, por pressa, deixamos de fazer e passamos a plantar cana com praga, com doença e perdemos muito com isso. Agora podemos voltar a fazer a coisa certa e com muito mais qualidade”, disse Perina na época
Na visão de Perina, apenas com produtividade é que o produtor pode enfrentar o atual momento difícil do setor. Para isso, é fundamental plantar muda de cana com qualidade. "Formação de viveiro primário é base para o nosso setor. Como melhorar a qualidade de muda e aumentar a produtividade do canavial são prioridades, adotar este sistema não pesa no bolso. Ao contrário, traz retorno”, salienta. Ele explica que se trata de um sistema simples e que, a partir de uma taxa de multiplicação de 1 x 7 se tem o equilíbrio de custo na produção da muda. Mas o melhor, é que Ismael já está alcançando taxa de multiplicação de 1 x 20 no plantio manual.

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