A dívida em dólar do setor sucroenergético
09-11-2015

Acredita-se que mais de 50% das dívidas do setor bioenergético canavieiro sejam denominadas em dólar. E a desvalorização cambial faz crescer essa parcela e coloca ainda mais pressão sobre a gestão financeira das empresas do setor.

Para empresas exportadoras, gerar um nível elevado de alavancagem financeira em dívidas atreladas ao dólar significa, aproximadamente, o mesmo que especular com derivativos cambiais. Ou seja, pode levar ao mesmo efeito: insolvência. Vale lembrar aqui os casos da Aracruz Celulose e da Sadia, que durante muito tempo especularam no mercado futuro da moeda americana e, com o aprofundamento da crise financeira internacional e a consequente valorização do dólar no segundo semestre de 2008, registraram perdas financeiras irrecuperáveis. Ou seja, eram empresas exportadoras que assumiram contratos denominados em dólar e, no final, percebeu-se que estavam desprotegidas do risco cambial.

Quer dizer, tanto as empresas que emitiram títulos de dívida denominados em dólar como aquelas que realizaram operações com derivativos cambiais, no final das contas estão se comprometendo com o mesmo: entregar determinado volume de dólares aos credores ou investidores. E o fim pode ser exatamente o mesmo para ambos os grupos de empresas. Infelizmente.

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