A origem da dívida
11-09-2014

História da crise do setor sucroenergético remonta aos tempos do Proálcool, quando segmento começou a se endividar

*Marcos Françóia

Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos tempos é a crise vivida pelo setor sucroenergético. O etanol de cana-de-açúcar atraiu bilhões em investimentos nacionais e internacionais a partir de 2004, com ápice em 2007.
O panorama atual é de empresas fechando as portas; outras usando do requisito legal da Recuperação Judicial (Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005); grupos paralisando usinas e concentrando a moagem em um número menor de unidades; demissões nas usinas, indústria de base e também no comércio e setor de serviços em cidades cuja economia dependem da cana-de-açúcar.
A pergunta no ar é “Como um setor que emprega mais de 4,5 milhões de pessoas e é responsável por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) está nessa situação?” E, além disso, “Como e quando surgiu esse endividamento?”
Diferente do que muitos “desinformados de gabinete” afirmam, sejam pessoas do governo ou mesmo de instituições que “defendem” o setor, a história dessa crise não começou agora. Ela é mais antiga e somente quem a vivenciou história compreende cada momento de dificuldade, e tantos altos e baixos durante anos.
Na época do lançamento do Proálcool foram oferecidos vários incentivos fiscais e empréstimos bancários com juros abaixo da taxa de mercado para os produtores de cana, indústrias de base, unidades produtoras (Usinas) e para as indústrias automobilísticas, essas últimas para que desenvolvessem carros movidos a álcool. As unidades produtoras de açúcar foram incentivadas a anexar destilarias de etanol e, no caso de novos investidores, a construir destilarias autônomas.

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