Açúcar: saída dos EUA de Acordo de Paris e aumento no imposto de importação da China derrubam preços
02-06-2017

Os preços do açúcar despencaram na bolsa de Nova York ontem (1º) e permanecem abaixo dos 14 centavos de dólar por libra-peso. A commodity caiu 64 pontos nos contratos para julho/17, fechando negócios em 14.23 centavos de dólar por libra-peso. Na tela outubro/17, a queda foi de 60 pontos, firmando contratos em 14.53 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos foram negociados entre 54 e 55 pontos para baixo.

Especialistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico de hoje (2) informaram que uma série de notícias negativas derrubaram os preços do açúcar. "No dia 22 de maio, a China, maior importador mundial do produto, anunciou o aumento de 50% para 95% no imposto sobre a importação de volumes acima da cota de 1,95 milhão de toneladas", informou a análise do jornal.

"Ontem, por outro lado, o anúncio de rompimento dos EUA com o acordo climático de Paris catalisou as perdas em meio à perspectiva de uma menor demanda por etanol, o que geraria uma maior produção do adoçante", finalizou a nota do Valor.

Em Londres, o dia também foi de quedas. Na tela agosto/17 a commodity desvalorizou 12,70 dólares, sendo comercializada a US$ 422,10 a tonelada. No lote outubro/17, a retração foi de 13,90 dólares, com negócios fechados em US$ 406,00 a tonelada. Os demais vencimentos caíram entre 11,90 e 13,60 dólares.


Mercado interno

No Brasil, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, os preços do açúcar sofreram queda pela terceira vez consecutiva ontem (1º). A saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendida a R$ 77,41, baixa de 0,39% no comparativo com o dia anterior.


Etanol

No mercado paulista, o etanol hidratado bateu ontem a sétima queda seguida nos preços. De acordo com os índices medido pela Esalq/BVMF, o biocombustível fechou em R$ 1.396,50, desvalorização de 1,45% em relação aos preços praticados na véspera.


Camila Lemos