Aécio diz que é ‘o candidato do agronegócio’
06-10-2014

Aécio Neves, PSDB, conquistou nas urnas o direito de ir ao segundo turno para a eleição da Presidência da República, que acontece em 26 de outubro. Obteve 33,55% dos votos válidos, enquanto Dilma Rousseff, PT, conquistou 41,59%.

Desde o início de sua campanha, Aécio se coloca como “o candidato do agronegócio”. Durante sua participação na Agrishow, a maior feira do setor da América Latina, na cidade de Ribeirão Preto, realizada de 28 de abril a 2 de maio, ainda como pré-candidato, fez questão de defender o setor agrícola e criticar problemas que atrapalham o seu desenvolvimento, como a falta de logística e excesso de carga tributária.
“Da porteira para dentro não há ninguém mais preparado, mais qualificado e mais produtivo que o brasileiro. Os nossos problemas começam da porteira pra fora, na ausência de logística, de rodovias, de ferrovias, de hidrovias, de portos” - declarou, frisando que a partir de agora seria o candidato preferido do setor.
Na ocasião disse: Eu estou aqui pronto para ouvir as demandas do setor. Nós vamos construir juntos um projeto que não será feito num gabinete fechado. Vai ser feito em conversas com quem produz, com quem investe no setor. Com quem está lutando para que este setor da indústria brasileira possa continuar crescendo - declarou, ao lado de lideranças do agronegócio.
Após ser definido como candidato do PSDB à Presidência da República, durante sua campanha participou de vários eventos e encontros ligados ao agronegócio. Em Dourados, MS, disse, a produtores e empresários locais, que vai priorizar o agronegócio, caso seja eleito. Segundo ele, o setor deve ser visto como uma alavanca para o país e precisa estar aliado a obras de infraestrutura estratégicas.
“Ou nós valorizamos o agronegócio brasileiro ou o Brasil vai começar a colher resultados negativos”, disse. Segundo o candidato, o problema do produtor ocorre “da porteira para fora”, com falta planejamento e estrutura como estradas, ferrrovias e portos. “O Brasil virou um grande cemitério de obras inacabadas”, disse, ao criticar o atual governo.
O tucano, que tem defendido um enxugamento da máquina administrativa federal, prometeu uma redução do número de ministérios pela metade. Ele não apontou quais pastas seriam cortadas, mas confirmou que vai criar uma espécie de superministério da Agricultura. “Um ministério que atuará no mesmo nível do Ministério da Fazenda, que terá interlocução com o Ministério da Infraestrutura na definição dos investimentos em logística e infraestrutura, que será ocupado por pessoas representativas do setor e não estará mais sujeito a esse loteamento político a que vem sendo submetido ao longo dos últimos anos”.