Agregação de valor nos produtos do agronegócio: ferramenta para driblar a instabilidade de preços
04-10-2017

Nesse cenário dois segmentos se destacam: cafés especiais e lácteos

*Ana Carolina Palazzo

O agronegócio deverá fechar 2017 com um valor bruto da produção (VBP) de R$ 536 bilhões, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Estima-se que o montante será 4,3% superior ao de 2016. O resultado será decorrente principalmente do aumento de produtividade das lavouras, que poderá chegar a 22%. Os preços se mantêm relativamente estáveis, em boa medida, devido a oferta confortável.

Em geral, as commodities sofrem oscilações constantes em suas cotações. Essa variação pode decorrer de inúmeros fatores, como: oferta e demanda, volume de estoques, mudanças na renda da população, fatores estruturais da economia e outros. Sendo assim, a agregação de valor aos produtos vem como ferramenta para buscar minimizar esses impactos.

Nesse sentido, dois segmentos se destacam: cafés especiais e lácteos. Importante lembrar que leite e café, de uma forma geral, sofreram com preços em baixos patamares em boa parte dos últimos anos. Mesmo diante desse cenário, decorrente de estoques confortáveis no mercado, entre outros fatores, ambos foram exemplos de crescimento em produtos diferenciados no Brasil.
O segmento de cafés especiais cresce cerca de 30% ao ano, com valor médio de venda de R$ 53,00/kg, segundo o Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC), o grão está presente em 98% dos lares brasileiros. No entanto, os cafés especiais representam somente 9% do consumo, ou seja, ainda existe muito espaço para crescimento. Entre 2014 e 2019, o mercado brasileiro de café deverá crescer 7,7%, majoritariamente devido a ascensão das cápsulas. O faturamento pode chegar a R$ 20 bilhões.

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