Alta concentração de 7515 fez com que o Grupo Coruripe reduzisse sua participação no plantel
08-08-2017

Estratégia da Coruripe, segundo Mario Sérgio Matias da Silva, é alocar a 7515 em solos de baixa fertilidade e para colheita de meio de safra
Estratégia da Coruripe, segundo Mario Sérgio Matias da Silva, é alocar a 7515 em solos de baixa fertilidade e para colheita de meio de safra

A história canavieira nos ensina que cultivar apenas uma variedade em grandes extensões de área é um risco muito grande. Exemplo disso é o ocorrido com a SP71-6163 quando houve a epidemia de amarelinho. Por questões de segurança, tanto usinas quanto fornecedores têm optado pela diversificação, introduzindo diferentes materiais, com diferentes progenitores, de modo que, caso surja algum tipo de problema específico, apenas uma pequena parcela do canavial será afetada.

No polo de Minas Gerais da Coruripe, por exemplo, cada material não pode exceder o limite de 10% de área cultivada. O que não se aplica à 7515, que ocupa o dobro desse número nas unidades mineiras do Grupo. O gerente corporativo de planejamento e PD da Coruripe, Mário Sérgio Matias da Silva, explica que, por ser um material que sempre esteve “à mão”, a RB867515 acabou ocupando grandes áreas na Empresa, inclusive se estendendo para ambientes não tão favoráveis à sua utilização.

Silva conta que, num dado momento, a 7515 chegou a ocupar 25% da área do Polo de Minas Gerais. Hoje, como afirmado, este número é ligeiramente menor (20%). Porém, a intenção do Grupo é que, até 2020, esta porcentagem caia ainda mais, chegando a apenas 10%. “Iremos sim reduzir os plantios com essa variedade, mas não vamos extingui-la tão cedo de nosso plantel.”
Além de reduzir a porcentagem de 7515, o plano da Coruripe em Minas Gerais é alocar essa variedade apenas nos ambientes mais restritivos (arenosos) e com colheita de meio de safra, em função de ser um material que não suporta pisoteio, demonstrando visíveis falhas na soqueira a partir do terceiro corte. “Quando estratifico a 7515 nessas condições, ela responde tão bem quanto as novas variedades, mas, comparando com final e começo de safra, a resposta não é tão boa.”

Para janelas de início de safra, a Coruripe tem optado por materiais precoces e promissores, como a CTC 9001, RB966928 e RB855156. Já no final da safra, as opções adotadas pelo Grupo são as CTC 9002, CTC 14 e RB93-509 por serem variedades de ciclo tardio, cujas características e desempenho são superiores as da 7515. “Como a estratégia do Grupo é não crescer muito com um único material, mesmo no meio de safra a RB867515 está sendo substituída. As cultivares que estão entrando nesse período são a RB92-579 e a CTC 9004”, relata Silva.

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