Bevap e Jalles Machado apresentam experiências de sucesso com irrigação
30-05-2014

A cidade de Brasilândia de Minas, localizada no Noroeste de Minas Gerais, foi sede do 14º Encontro do Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar – GIFC, realizado no dia 22 de maio. Com a presença de 70 participantes, entre integrantes do grupo, representantes de usinas de todo o país, como as usinas Cerradinho, Coruripe e Boa Vista, entre outras, produtores de cana da região e convidados, o encontro contou com apresentações de experiências bem-sucedidas com a irrigação e fertirrigação de cana promovidas pelas usinas Bioenergética Vale do Paracatu – BEVAP, anfitriã do encontro, e do Grupo Jalles Machado, além de palestra do consultor de negócios da CASE-IH, Stanley John Pearce.

Os principais atrativos da reunião foram a visita promovida aos canaviais 100% irrigados da usina BEVAP e a troca de experiências entre os palestrantes e o público. Com a apresentação de diversas informações sobre produtividade e diferentes técnicas de irrigação, as usinas Jalles Machado e BEVAP mostraram como a irrigação contribui de forma decisiva para o aumento de produtividade dos canaviais em suas áreas.

Na abertura da reunião, o presidente do GIFC, Marco Viana, destacou como o manejo da água pode ser uma ferramenta diferenciada e fundamental para o ganho de eficiência das usinas e reforçou o convite ao público para o primeiro Seminário de Irrigação do GIFC, que será realizado em Ribeirão Preto nos dias 29 e 30 de outubro, no Centro de Eventos Pereira Alvim.

Patrick Campos, Gestor de Irrigação do Grupo Jalles Machado, composto pelas usinas Jalles Machado e Otávio Lage, ambas instaladas em Goianésia – GO, falou sobre as experiências pioneiras da empresa com irrigação. A unidade Jalles Machado foi uma das primeiras a instalar pivôs de irrigação específicos para cana, em 1998. Com a inauguração da unidade Otávio Lage, em 2011, a empresa focou de forma mais estratégica os investimentos em irrigação, que hoje atinge cerca de 9,3 mil hectares de cana plantados pelo grupo. “A irrigação é um caminho sem volta. Quando se analista a evolução positiva da produtividade, comprovamos isso. Nosso desafio é lutar para baixar custos sem diminuir os investimentos em irrigação”, afirma Patrick.

O australiano Stanley John Pearce, Consultor de Sugar Business da CASE- IH, que acumula mais de 48 anos de experiência com colheita mecanizada em áreas irrigadas, mostrou aos participantes que com a utilização do maquinário e implementos adequados, disponíveis no Brasil, aliados ao conhecimento do ambiente produtivo é possível ser eficiente na colheita de cana irrigada.

Experiência da BEVAP

Hermes Arantes, Gerente Agrícola da BEVAP, apresentou toda a estrutura da empresa voltada para a irrigação. Dos 955 funcionários que trabalham na área agrícola da usina, 223 são dedicados exclusivamente ao processo de irrigação. Localizada em uma região banhada por três rios, o Paracatu, principal afluente do São Francisco, e pelos Rio Verde e Rio Preto, a BEVAP não pode abrir mão da irrigação para alcançar produtividade.

A empresa irriga toda sua área de cana, mais de 26 mil hectares. Para se ter uma ideia da grandiosidade da estrutura, entre pivôs centrais, rebocáveis e lineares são 123 equipamentos, e a usina ainda conta com 34 hidroroll e 11 captações que dão sustentação à estrutura. Investimento que resulta em uma produtividade média de tonelada de cana por hectare de 96,91.

O grupo de visitantes do GIFC conheceu essa ampla infraestrutura dedicada à irrigação e pode vivenciar de perto a experiência que dá bons resultados. “Temos irrigação plena em 77% do nosso canavial. Irrigamos durante 7 meses. Na nossa região não dá para plantar cana sem irrigar, seria prejuízo certo para a empresa”, explica Hermes Arantes. Na última safra a usina moeu 2.471.290 de toneladas de cana e produziu 172.911 toneladas de açúcar, 97.123 litros de álcool hidratado e 55.660 MW de energia. A previsão para a safra atual é moer 2.750.000 toneladas.