Brachiaria, a bruxa má dos canaviais
04-08-2014

Presente em todas as regiões brasileiras, a Brachiaria, quando não controlada, dificulta o bom desenvolvimento do canavial, atrasando o seu crescimento e comprometendo a produção

Leonardo Ruiz
Ela pode até ser da mesma família da cana-de-açúcar, Poaceae, mas suas diferenças são gritantes. Enquanto uma é responsável pela produção de açúcar e etanol, a outra vai na contramão, impedindo que esse processo atinja os níveis esperados de produtividade. Trata-se das brachiarias, que, quando não controladas, podem interferir no processo produtivo da cana, competindo pelos recursos do meio, principalmente água, luz e nutrientes. Além disso, elas liberam substâncias alelopáticas, atuando como hospedeiros de pragas e doenças comuns à cultura da cana, levando à baixa produtividade e dificultando a colheita mecanizada.

Diferentes de outras plantas daninhas que, por preferirem certas temperaturas, não são encontradas em todas as regiões, as brachiarias podem se manifestar em qualquer local, do norte ao sul do país. Muito disso, se deve ao fato de que essas daninhas foram introduzidas no Brasil como plantas designadas para forragem animal. Dessa forma, todos os pastos que deram origem a culturas, como a da cana-de-açúcar, possuem bancos de sementes extremamente enriquecidos, viabilizando, dessa forma, grandes infestações. Os estados de São Paulo, Mato Grosso e Paraná, por possuírem muitos canaviais formados em antigas áreas de pastos, são, atualmente, os locais que possuem solos mais favoráveis ao aparecimento das brachiarias.

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