Brasileiros investem na produção e vinhos em Portugal
09-10-2017

Portugal está crescendo acima da média europeia, um estímulo para se fazer negócios

Segundo BernardoBarreiros Cardoso, diretor do Escritório Turismo de Portugal, do Consulado-Geral de Portugal, em São Paulo, a vinicultura portuguesa para muitos executivos brasileiros tornou-se mais que uma opção de lazer, virou sinônimo de bom investimento. “Portugal está crescendo acima da média europeia, um estímulo para se fazer negócios, ainda mais para brasileiros, que por conta da crise brasileira, buscam oportunidades para investirem em outros países. Muitos adquiriram e adquirem propriedades em Portugal, vários investem no enoturismo e na produção de vinho, alguns montaram novas vinícolas, outros compraram quintas já existentes e estão modernizando a propriedade e as técnicas, mas preservando as tradições e as caraterísticas portuguesas. Portugal tem se beneficiadocom a entrada de empresários brasileiros, pois apresentam visões diferentes, e isso inova e complementa.”

Entre os brasileiros que investem na produção de vinhos em Portugal está o empresário mineiro Marcelo Faria Lima, que viu suas paixões pelo país lusitano e por vinhos, se transformarem em uma nova paixão: a de produzir vinhos com qualidade. Marcelo é um dos brasileiros que aderiram ao programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI). Um atrativo do governo português, também chamado de "Golden Visa", que facilita a concessão de visto e até de cidadania a interessados de países fora da União Europeia que colocarem dinheiro em Portugal. O empresário deve adquirir um imóvel de, no mínimo, € 500 mil, abrir um negócio que gere a contratação de dez funcionários ou ainda investir € 1 milhão no mercado financeiro. Investidores de mais de 20 países já aderiram ao programa. O Brasil é o terceiro maior investidor dogrupo, atrás apenas de China e Rússia.

Em parceria com o amigo Tony Smith, jornalista britânico que já foi correspondente em Portugal e no Brasil, Marcelo fundou a Lima&Smith, que entrou no mundo dos vinhos, comprando primeiro, em 2011, a magnífica Quinta da Covela, na região do Minho, no Norte de Portugal, antiga propriedade do século XVI, que já pertenceu ao cineasta português Manoel de Oliveira. Tony conta que a aquisição se deu em uma fase em que Portugal atravessava a grande crise econômica, muitos deixavam o país e ninguém queria investir. A Covela fazia dois anos que estava fechada, o vinho nas cubas tinha sido abandonado e estava estragado e o campo estava arruinado. “A nossa chegada foi muito bem recebida, fomos vistos como parceiros.” Em 2013, a Lima&Smithadquiriu as quintas das Tecedeiras e da Boavista, na região do Douro.

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