Cana-de-açúcar e sustentabilidade: temas comuns na agenda de Brasil e Fiji
07-08-2017

Eduardo Leão e Cama Tuiloma
Eduardo Leão e Cama Tuiloma

O embaixador da República de Fiji, Cama Tuiqilaqila Tuiloma, cumpriu mais uma etapa de sua agenda oficial no Brasil se reunindo com o diretor Executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, na última terça-feira (01/08). A possibilidade de uma maior cooperação técnica entre os países na indústria sucroenegética foi um dos principais assuntos discutidos no encontro.

A economia de Fiji é uma das mais desenvolvidas do Oceano Pacífico. Devido aos seus solos férteis, a agricultura é a maior fonte de receita do país, com destaque para o cultivo da cana-de-açúcar e a produção de açúcar, seu principal produto de exportação. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na última safra, a moagem de cana em Fiji ficou na casa de 1,5 milhão de toneladas, já a produção de açúcar totalizou 145 mil toneladas, das quais 140 mil foram para exportação.

Questões relacionadas à sustentabilidade também estiveram em pauta. O embaixador de Fiji manifestou a vontade de explorar parcerias com o Brasil na área do etanol por conta da relevante contribuição do biocombustível na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

O executivo da UNICA lembrou que a República de Fiji vai presidir a 23ª Conferência das Partes sobre a Mudança do Clima (COP23), que acontece na cidade de Bonn (Alemanha), entre os dias 6 e 17 de novembro.

“Apesar de o arquipélago Fiji, que reúne mais de 300 ilhas no sul do Oceano Pacífico, ser um dos mais vulneráveis aos efeitos das mudanças do clima, é também um dos menos responsáveis pelo problema. Por outro lado, foi o primeiro a ratificar o Acordo de Paris, assumindo o compromisso de reduzir 30% de suas emissões no setor de energia e chegar a 100% de energias renováveis em 2030. Fiji é um país preocupado com a sustentabilidade, por isso o interesse no etanol”, completou Eduardo Leão.