Cenário com mais chuvas e risco de geadas marca a safra 2017/18
14-06-2017

Geada pode matar o palmito da cana
Geada pode matar o palmito da cana

Chuvas travam a safra e geadas levam as usinas a reverem o plano de colheita

A safra canavieira 2017/18, que teve início em 1 de abril, já teve em média 16 dias de paralisação em decorrência das chuvas. O relatório de safra da 2ª quinzena de maio divulgado ontem (13) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) mostrou que o volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras do Centro-Sul totalizou 31,59 milhões de toneladas na segunda metade de maio de 2017, queda de 2,83% sobre o valor observado na mesma quinzena de 2016 (32,51 milhões de toneladas).

Ainda segundo o relatório, essa é a quarta quinzena consecutiva em que se registra retração da moagem em relação ao ciclo 2016/2017. Com isso, a moagem acumulada desde o início da safra 2017/2018 até 1º de junho segue atrasada em 29,53 milhões de toneladas, com 111,84 milhões de toneladas moídas contra 141,37 milhões de toneladas no mesmo período do último ano.

A redução, de acordo com o relatório, decorre do atraso no início da safra 2017/2018 e das condições climáticas que interromperam o ritmo esperado de colheita. As chuvas também reduziram o teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima atingiu apenas 118,36 kg no acumulado da safra 2017/2018, frente à 122,31 kg no comparativo com a mesma data do ciclo passado. E na última metade de maio, a concentração de ATR na cana colhida apresentou retração ainda maior em relação à safra 2016/2017: 122,83 kg versus 130,41 kg verificados em igual período de 2016.

Os institutos de meteorologia indicam que o inverno será mais chuvoso que o normal e apontam a possibilidade de fortes geadas para os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e até algumas áreas de Goiás. Nos últimos anos, as geadas levaram perdas aos canaviais. Esse fenômeno climático muda a rotina das usinas, pois em muitos casos, para reduzir os danos nas áreas atingidas, as usinas precisam rever o plano de colheita, tendo que antecipar o corte dos talhões onde a geada caiu.

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