Cerca de 550 pessoas enchem o auditório no primeiro dia do Herbishow
21-05-2015

Começou hoje no Centro de Convenções de Ribeirão Preto a 14ª edição do Herbishow. Na abertura, o diretor do grupo IDEA, promotor do evento, disse que o setor sucroenergético já apresenta sinais de recuperação. "Os preços dos combustíveis já têm melhorado, sendo que o etanol se mostra competitivo, em relação à gasolina em nove dos 12 maiores estados consumidores".

Dib contou, ainda, que essa safra será mais alcooleira, com um mix de produção de 52% de etanol e 48% de açúcar. "O etanol foi um problema nos últimos seis anos, porém, agora ele será a salvação da lavoura. Somente o aumento do percentual de etanol na gasolina de 25% para 27% irá adicionar mais 1 bilhão de litros no consumo."
Segundo Dib, os canaviais estão se recuperando da extensa seca registada em 2014. "Inclusive, já tenho notícias de usinas que registraram 15% a mais de produtividade em alguns regiões quando comparado ao mesmo período do ano passado. Ao final dessa safra, teremos um ganho de produção em torno de 6%, fazendo com que consigamos chegar a 600 milhões de toneladas no Centro-Sul".

No primeiro dia do Herbishow, logo na primeira palestra a vedete foi uma grande dor de cabeça para os canaviais: as plantas daninhas de folhas largas. Em pauta, as melhores soluções para controlar a incidência dessa erva, que encontra no ambiente de palha condições propícias para se propagar. Aliás, vários palestrantes ao longo da programação abordaram a influência da expansão da cana crua e da palha nas populações de plantas invasoras.
Neste primeiro dia de evento foram apresentados produtos com novo posicionamento, serviços de aplicação de herbicidas com helicópteros e cases bem sucedidos de manejo de plantas daninhas, além da relação entre herbicidas e sustentabilidade.

O professor Pedro Jacob Christoffoleti, da ESALQ/USP, lembrou no evento que o setor precisa estar atento na guerra contra a matocompetição. Segundo ele, se a planta daninha não é controlada, o produtor perde a batalha, porque a perda de produtividade é muito significativa. "O mato precisa ser controlado por 119 dias para proteger o potencial de produtividade daquele canavial. Um dia a menos resulta em perda de produtividade". Por isso, como lembra o professor, se o produtor quer economizar no custo de produção, não deve economizar no herbicida, pois o manejo inadequado ocasiona perda de dinheiro.

O primeiro dia do Herbishow 2015 foi encerrado pelo professor Antônio Vicente Golfeto, diretor técnico do Instituto de Economia da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, que prendeu a atenção de todo o público com a palestra “Agronegócio, o passaporte para o primeiro mundo.”
O evento continua nesta quinta-feira, 21 de maio, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, com início às 9 horas e término previsto para o meio dia.


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