COFCO economiza R$ 300 mil em uma única safra
12-09-2017

Software analisa lavoura e aponta onde e quando aparecerão as pragas

O grande desafio da COFCO no combate às pragas era saber quando e onde monitorar, pois acertar o timing exato da aplicação é vital para minimizar os danos à matéria-prima e, consequentemente, ao caixa da empresa. “Um dos problemas era nosso método de amostragem de broca. Não estávamos satisfeitos em amostrar 100 hectares por semana e voltar apenas três vezes na mesma área durante a safra. Isso não é, nem de longe, suficiente para atingirmos sustentabilidade econômica”, declarou o gerente de planejamento e desenvolvimento da COFCO, Luiz Gustavo Kabbach.

Porém, há cerca de um ano, tudo mudou. As duas unidades do Grupo aceitaram testar o SmartBio, sistema desenvolvido pela SmartBreeder, com apoio da Syngenta, que elevou a eficiência, não apenas das amostragens de broca, mas também de toda a operação de controle de pragas. Para Kabbach, o maior trunfo do software são seus mapas de previsão de susceptibilidade, que mostram onde e quando monitorar. “Aqui está o grande sucesso, pois agora conseguimos chegar no timing certo e fazer um controle efetivo.”

O gestor afirma que o módulo de broca é, atualmente, o que mais está causando impactos positivos na COFCO. “Se antes eram monitorados apenas mil hectares por semana com retorno de três vezes por safra, agora, as equipes da empresa conseguem monitorar cinco mil ha por semana, retornando oito vezes no mesmo ciclo”, destaca.


E engana-se quem pensa que o aumento da área monitorada implicou numa maior equipe. Pelo contrário. O número de carros e de pessoas chegou, até mesmo, a diminuir. “Observamos que o rendimento da equipe foi tão grande que conseguimos reestruturar totalmente essa área. Antes, cada unidade trabalhava com um Fiat Doblò com sete pessoas cada. Agora, cada usina possui apenas uma saveiro com duas pessoas cada.”

Outro processo que mudou nas operações diárias da COFCO foi a implantação de armadilhas, que passou a ocorrer de forma integrada dentro do sistema. No início de cada semana, o software libera uma programação de quais áreas devem receber armadilhas nos próximos dias. “Este fato eliminou a necessidade de ter pessoas entrando no canavial munidos de facões para realizar o levantamento.” Kabbach conta que as unidades começaram com a colocação e coleta de 20 armadilhas por dia. O retorno foi tamanho que a empresa já prevê o aumento deste número para 30. Lembrando que cada armadilha cobre 25 hectares. “Somando a diminuição da equipe e a redução da frota, descontando o valor decorrente da aquisição de mais armadilhas, o SmartBio nos gerou uma economia de cerca de R$ 300 mil em apenas uma safra.”


O gerente de planejamento e desenvolvimento da COFCO ressalta que outra grande vantagem do SmartBio é o fato de poder acompanhar, de dentro do escritório, tudo o que ocorre na lavoura. “Após os levantamentos, o software gera mapas georreferenciados, nos quais conseguimos verificar os dias e horários que instalamos as armadilhas e avaliar os resultados obtidos, como se determinado talhão atingiu níveis de dano econômico ou não. Com base nisso, começamos a planejar os métodos de controle, que poderão ser químicos ou biológicos.”

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