Com o setor mais remunerado, manutenção será a primeira a receber investimentos
07-07-2016

A crise levou as usinas a cortarem 70% do orçamento em manutenção

A situação financeira do setor estava tão ruim que levou ao corte de investimentos em áreas vitais, como a manutenção industrial. A necessidade de fazer caixa também fez com que as usinas reduzissem a entressafra. No Centro-Sul, o período de dezembro a março é dedicado para avaliações e reparos nos maquinários e equipamentos a fim de que tudo esteja funcionando 100% quando a nova safra chegar.

Porém, o atual ciclo foi marcado por uma situação atípica. A grande incidência de chuvas ao longo do ano passado deixou muita cana em pé, muitas unidades optaram por continuar o processamento, estendendo a moagem até os primeiros meses de 2016. Embora seja relativamente positiva do ponto de vista financeiro, essa opção deve ser feita com cautela, já que as manutenções de entressafra são vitais para que não haja nenhuma surpresa quando a nova safra começar.

Resumindo, a necessidade e a crise estão fazendo com que grande parte das usinas estejam trabalhando de forma precária. Com a maior remuneração do setor, a expectativa é que a área de manutenção seja a primeira a receber investimentos.
Carlos Roberto Liboni, secretário de Desenvolvimento Econômico de Sertãozinho, diz que os investimentos por parte das usinas já começaram a acontecer, mas a maior demanda é aguardada para o final do segundo semestre, principalmente na área de manutenção. “O setor vem de anos sem realizar manutenção correta, não tem mais condições de ir tocando assim. Precisa investir, se não a usina para.”

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