Commodities sofrem queda com demanda global fraca
18-08-2014

Os preços do petróleo e do ouro recuaram nesta semana com a contração da demanda por commodities em um contexto de preocupações relativas à economia global.


Petróleo

Com dados econômicos pouco animadores em todo o mundo, os preços do petróleo recuaram.

"A queda mais acentuada nos preços do petróleo deve-se em parte à reação aos dados econômicos das maiores economias do mundo nesta semana", opinou Desmond Chua, nalista da CMC Markets.

O forte recuo dos preços na quinta-feira coincidiu com a divulgação dos dados de crescimento das 18 economias da zona do euro no segundo trimestre.

A Alemanha, maior economia do bloco, registrou uma queda de 0,2% no crescimento, enquanto a França, segunda maior, teve crescimento nulo pelo sexto mês consecutivo.

Os preços também foram pressionados por dados pouco alentadores na China e pela fraca demanda na economia dos Estados Unidos, que na quarta-feira registrou a primeira alta em sete meses nos estoques de petróleo cru.

No início da semana, a Agência Internacional de Energia afirmou que o mercado de petróleo está mais abastecido do que o previsto, e reduziu a estimativa da demanda global da commodity em 2015.

Nesta sexta-feira, na London´s Intercontinental Exchange, o Brent do Mar do Norte para entrega em outubro caiu para 102,38 dólares o barril em comparação com os 104,89 dólares da semana passada.

Na New York Mercantile Exchange, o "light sweet crude" (WTI) para setembro recuou a 95,63 dólares o barril. Na semana anterior a cotação foi de 97,42 dólares.


Ouro em queda

Metais preciosos: o preço do ouro caiu nesta semana, puxado pela fraca demanda nos mercados da China e da Índia, maiores consumidores do metal.

No segundo trimestre de 2014, o consumo do ouro caiu 16% com a redução das demandas chinesa (45%) e indiana (18%).

Nesta sexta-feira, no London Bullion Market, o preço do ouro baixou para 1.296 dólares a onça, em comparação aos 1.309,75 dólares na semana passada. A prata caiu para 19,86 dólares a onça.

No London Platinum and Palladium Market, a platina recuou para 1.446 dólares a onça, quase 30 dólares a menos do que na semana passada, quando valia 1.475 dólares. O preço da platina subiu para 878 dólares a onça.

Metais industriais: a maioria dos metais registrou queda, sob impacto dos dados da China, maior importadora de metais do mundo.

A produção industrial da China teve alta anual de 9% em julho, informou o governo na quarta-feira. Houve, contudo, uma desaceleração de 9,2% em relação a junho.

Nesta sexta-feira, no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses caiu para 6.845 dólares a tonelada, em comparação a 6.982 dólares na semana anterior.

O alumínio para entrega no mesmo prazo baixou para 2.003,25 dólares a tonelada e o chumbo, para 2.199 dólares. Já o estanho teve alta, a 22.400 dólares a tonelada, assim como o níquel, cotado a 18.700 dólares. O zinco recuou de 2.295 dólares a tonelada para 2.272 dólares nesta semana.


Açúcar recua

Café: o mercado de café teve resultados mistos em meio a preocupações sobre a oferta do Brasil, maior produtor do mundo.

Nesta sexta-feira, no ICE Futures US, o Arabica para entrega em setembro recuou para 184,50 centavos de dólar o quilo. Na semana passada a cotação era de 191,55 centavos de dólar.

No LIFFE, o Robusta para entrega em setembro avançou para 1.943 dólares a tonelada, em comparação aos 1.937 da semana anterior.

Açúcar: os preços do açúcar sofreram queda.

Nesta sexta-feira no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado para entrega em outubro teve queda, a 431,30 dólares, em comparação a 432,70 dólares na semana anterior.

No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para outubro caiu para 15,95 centavos de dólar o quilo. Na semana passada, a cotação era de 16,13 centavos de dólar.