Conforme a mecanização avança, cresce a preocupação com as impurezas
21-10-2016

Para otimizar o processo produtivo no setor sucroenergético, todos os gargalos precisam ser enfrentados. Afinal, cada ponto de perda no processo é um ponto a menos na rentabilidade.

Um fantasma, que assume dimensões cada vez maiores conforme avança o índice de mecanização dos canaviais, é o índice de impurezas que chega à indústria. Somente no estado de São Paulo, a colheita mecanizada ultrapassada a casa dos 90%.

E são vários os motivos para se preocupar com os indesejados materiais minerais e vegetais que chegam à indústria. Algumas consequências das impurezas no processo:
- perda da capacidade de moagem;
- perda de extração;
- aumento do consumo de energia
no preparo da cana;
- desgaste de equipamentos;
- dificuldade para o tratamento do
caldo;
- dificuldade para fabricação de
açúcar de qualidade;
- redução do rendimento da
fermentação;
- problemas operacionais com a
caldeira;
- redução da densidade de carga;
- aumento do custo de transporte da
cana à indústria.

Como a qualidade da cana interfere diretamente na produção sucroenergética, todo cuidado é pouco. “Sabemos que fatores como cor do caldo e turbidez têm dramática piora quando se tem a presença de impurezas vegetais e minerais num nível elevado, que corresponda à forma como hoje colhemos a cana. Isto está equacionado, mas é um dos fatores que citei de aumento de custo que temos vivido nos últimos quinze anos”, salienta Jaime Finguerut, assessor técnico do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).

Os problemas acarretados pelas impurezas ao processo industrial devem ser encarados com contundência pelo setor. Ainda há muita carência, por exemplo, na caracterização desta “nova” matéria-prima que chega à indústria, colhida mecanicamente e sem queima.

Todas as áreas da cadeia sucroenergética devem se unir para superar mais este grande desafio. Caso contrário, o setor vai continuar amargando os prejuízos acarretados pelas impurezas.

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