Cosan registra prejuízo líquido de R$ 76,0 milhões no 2° trimestre
10-08-2017

A Cosan registrou prejuízo líquido proforma de R$ 76,0 milhões no segundo trimestre de 2017, revertendo o lucro de R$ 279,9 milhões alcançado em igual período de 2016. O período, entre abril e junho deste ano, corresponde ao primeiro trimestre da safra 2017/2018 de cana-de-açúcar, principal ramo de atividade da companhia. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado proforma da Cosan somou R$ 1,126 bilhão no trimestre, contra R$ 1,014 bilhão no segundo trimestre do ano passado, alta de 11%.

A receita líquida da Cosan foi de R$ 11,63 bilhões entre abril e junho, alta de 1,9%. O capex atingiu R$ 424,7 milhões no período de abril a junho, ante R$ 411 milhões no segundo trimestre de 2016, avanço de 3,3%. Já a dívida líquida caiu 16,4% entre os períodos, para R$ 9,62 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, fechou em 30 de junho em 2,1 vezes, ante 2,5 vezes em igual data do ano anterior.

Divisões
A Raízen Combustíveis, joint venture da Cosan com a Shell, obteve Ebitda ajustado de R$ 89 milhões no segundo trimestre de 2017, queda de 8% sobre os R$ 97 milhões de igual período de 2016. A receita líquida da divisão foi de R$ 17,3 bilhões no segundo trimestre do ano, aumento de 5% sobre o mesmo período do ano anterior, “reflexo do maior volume vendido, principalmente gasolina”, informou a companhia.

A venda total de combustível pela Raízen cresceu 1,9% sobre igual período de 2016, para 6,273 bilhões de litros. “As vendas superaram novamente a média do mercado (retração de 0,5%), reflexo da consistência da estratégia de crescimento com foco contínuo no relacionamento de longo prazo com a rede de postos revendedora”, relatou a Cosan. As vendas de combustíveis do Ciclo Otto – gasolina e etanol – avançaram 4% no trimestre, para 2,94 bilhões de litros, e a comercialização de diesel cresceu 1% ante o mesmo período de 2016, para 2,756 bilhões de litros.

Açúcar e etanol
Na Raízen Energia, braço sucroenergético da empresa, a receita líquida ajustada cresceu 22,6% entre os trimestres, para R$ 3,376 bilhões. A receita com a venda de açúcar avançou 21,6%, para R$ 1,49 bilhão, e o faturamento com etanol subiu 27,9%, a R$ 1,614 bilhão. O Ebitda ajustado da Raízen energia recuou 4%, para R$ 804 milhões.

A empresa fechou o trimestre, o primeiro da safra 2017/18, com moagem total de 19,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, baixa de 14% sobre o total de 22,4 milhões de toneladas processadas no primeiro trimestre da safra passada, “redução explicada pelo clima mais chuvoso no começo do trimestre (da safra atual) e pela forte base de comparação do ano anterior em razão da antecipação da moagem”, informou. O mix de destino para a cana-de-açúcar ficou em 57% para a produção do açúcar e 43% para etanol, contra 55% e 45%, respectivamente no ciclo passado.

Guidance
A Cosan manteve seu guidance e prevê receita líquida proforma de R$ 45 bilhões a R$ 48 bilhões em 2017, contra R$ 47 bilhões em 2016. Já o Ebitda proforma deve variar de R$ 4,75 bilhões a R$ 5,25 bilhões, ante R$ 4,50 bilhões no ano passado. Quanto à Raízen Energia, a perspectiva é de moagem em toda a safra 2017/2018, entre 59 milhões e 63 milhões de toneladas (53,39 milhões na safra passada), com produção de 4,3 milhões a 4,7 milhões de toneladas de açúcar (4,227 milhões no período anterior) e entre 2 bilhões e 2,3 bilhões de litros de etanol (1,99 bilhão em 2016/2017).