Crotalária é ótima alternativa para aumentar a produção da cana
30-05-2017

A adubação verde pode ser definida como a utilização de espécies vegetais com a finalidade de melhorar a qualidade física, química e microbiológica do solo. Tal adubação consiste no cultivo de plantas de cobertura, sendo incorporadas ou não, utilizadas na forma de pré-plantio, consórcio ou pós-plantio de culturas anuais ou perenes. São várias as espécies consideradas como adubos verdes, entre elas estão as Crotalárias, Lablab, Feijão-guandu, Feijão-de-porco, Mucuna, Nabo-forrageiro e Ervilhaca.

Dentre as características apontadas por pesquisadores como desejáveis para uma planta que virá a ser utilizada como adubo verde estão: possibilidade de mecanizar a cultura, do plantio à colheita de sementes; não ter sementes dormentes; possuir sistema radicular vigoroso e profundo; fixar nitrogênio do ar atmosférico; ter sementes de fácil obtenção; ter crescimento rápido para controlar plantas daninhas; além de possuir mecanismos, ou sintetizar compostos, que auxiliem no controle de pragas.

No setor canavieiro, as Crotalárias são as preferidas dos produtores e usinas, em decorrência de seu poder de fixação de nitrogênio no solo e alta produção de fitomassa, podendo proporcionar prolongada cobertura do terreno, melhorando sua fertilidade. Além disso, elas apresentam rápida cobertura do solo, inibindo plantas invasoras e perda de terra pela erosão. Com tantos benefícios, existem até mesmo unidades que as cultivam, não apenas por um, mas por dois anos antes de voltar a plantar cana naquela área, que poderá registrar ganhos de produtividade de 15 a 20 toneladas de colmos por hectare.

O engenheiro agrônomo da Sementes Caiçara, Hermano José de Aguiar Henriques, explica que as Crotalárias se destacam por produzir grande quantidade de biomassa, além de contar com raízes pivotantes, ou seja, um sistema de raízes formado por uma raiz central que penetra verticalmente no solo, da qual partem raízes laterais que também são ramificadas, o que favorece a absorção de nutrientes presentes em camadas mais profundas do terreno.

Outro benefício destacado pelo profissional é a já comentada capacidade de fixação de nitrogênio no solo, que poderá chegar a até 300 quilos por hectare anualmente em algumas espécies, sendo utilizado em sua plenitude pela cultura que for plantada na sequência.

“Com a melhoria da fertilidade do solo, o uso de nutrientes químicos industrializados pode ser, preliminarmente, dispensado, já que esses produtos, na maioria das vezes, apenas adubam a planta em si, deixando o solo desprotegido.”

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