Da aguardente ao etanol: paixão pelos canaviais está no sangue
07-07-2014

Debaixo de chuva ou sol, e todo dia, seja sábado, domingo, feriado ou dia santo, Antônio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e do Grupo Tonielo, não deixa de ir aos canaviais

Clivonei Roberto


Mais do que uma atividade profissional de família, a cana-de-açúcar virou paixão na vida de Antônio Eduardo Tonielo. Tanto que ainda hoje, aos 73 anos de idade, vai para os canaviais debaixo de chuva ou sol, e todo dia, seja sábado, domingo, feriado ou dia santo. “Se não vou à empresa, é como se faltasse alguma coisa no meu dia”, diz.
A rotina puxada dos canaviais entrou na vida de Toninho Tonielo logo cedo, quando moleque. Foi no engenho de cachaça da família, em Sertãozinho, em 1966 - bem antes do surgimento do Proálcool – que aprendeu a lidar com a cana e tirar dela aguardente, rapadura, açúcar e, mais tarde, etanol.
Tonielo é tão ligado ao trabalho que não consegue ficar um dia sequer sem conversar com lideranças da unidade, ler relatórios e acompanhar todos os índices da indústria, inclusive aos finais de semana. Tempo para hobbies e diversão? “Minha diversão é estar no canavial”, confidencia. Às vezes até joga um buraco ou toma um uísque com amigos, mas se sente melhor mesmo acompanhando a brotação de uma lavoura de cana recém-plantada, o balé das colhedoras entre as ruas do canavial, o caldo que irrompe da cana esmagada pelas moendas, ou a dedicação dos milhares de colaboradores que fazem a usina rodar como por música.
Estilo pé no chão
Já antigo fã da cana-de-açúcar, Toninho conhecia bem o potencial dessa planta quando o Proálcool surgiu. Acabou sendo mais um que apostou nessa gramínea. Estreou no setor sucroenergético em 1980, quando começou a produzir etanol na Usina Santa Inês, junto com três sócios. Depois, o grupo construiu duas usinas: a Virálcool, em Pitangueiras, e recentemente outra unidade da Virálcool, em Castilho. Mas Tonielo se diferencia pelo estilo seguro e pés no chão de gerir. Acompanha cada detalhe das empresas. “O setor é uma atividade complexa. Não é possível acompanhar a indústria, a lavoura, os negócios todos de um escritório em São Paulo. Não se vive a usina.” Tanto que conseguiu solidez para diversificar a atividade. “Passamos para gado, revenda de carro, entre outros negócios.”
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