Diversidade no comportamento do custo de produção de cana dentro da região Centro-Sul / Safra 2016/17
24-05-2017

Custo operacional de produção (R$/t) de cana-de-açúcar por produtores na safra 2016/17. Fonte: Projeto Campo Futuro, 2017.
Custo operacional de produção (R$/t) de cana-de-açúcar por produtores na safra 2016/17. Fonte: Projeto Campo Futuro, 2017.

Considerando que o preço de venda da cana-de-açúcar não é determinado diretamente pelo produtor de cana, o controle dos custos de produção é fundamental para analisar a rentabilidade da atividade. Neste sentido, a CBCA realiza o levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar de fornecedores que, na safra 2016/2017, abrangeu 40 regiões de produção no Centro-Sul canavieiro, em 6 diferentes estados, contando com a participação de mais de 300 produtores.

O resultado do custo operacional total (COT) de produção está ilustrado a seguir, o qual, além dos desembolsos operacionais como insumos, mão-de-obra, maquinário e despesas administrativas, contempla depreciações e pró-labore. Como se observa, a amplitude do indicador chama atenção, com valores compreendidos entre 60 e 80 R$/t. Tal fato pode ser atribuído a diferentes práticas no sistema de produção, já que este é extremamente heterogêneo, tanto no que diz respeito às formas de condução da lavoura, como também aspectos econômicos envolvidos, além das variações na produtividade agrícola.

De forma mais detalhada, são apresentados os custos por estágio de produção, que compreendem a formação do canavial (preparo de solo, plantio e tratos culturais de cana planta), tratos culturais de cana soca e colheita. A formação do canavial é o estágio de maior variabilidade em termos de custos, com valores entre 6.000 e 8.000 R$/hectare .

As principais razões para tal são: i) diferentes práticas no preparo solo, com registros de sistemas altamente intensivos, com elevado número de operações e, consequentemente custos maiores, enquanto outros casos adotam práticas mais conservacionistas, com pouco mobilização do solo, associando-se ao preparo mínimo; ii) plantio manual frente ao plantio mecanizado, no qual a principal diferença está na quantidade de mudas utilizada na operação, cerca de 13 t/ha para o manual e 18 t/ha para o mecanizado. No caso, o plantio mecanizado é mais presente nas regiões de expansão canavieira, como noroeste de SP, MS, GO e MG; iii) utilização de diferentes cestas de defensivos nos tratos culturais, com variações em função de produtos e índices de pragas.

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