Elas são poucas, mas fazem a diferença!
15-03-2017

Profissionais da Unidade Bonfim, da Raízen, em Guariba, SP
Profissionais da Unidade Bonfim, da Raízen, em Guariba, SP

As mulheres ocupam menos de 15% dos empregos da agroindústria canavieira. A quantidade é pequena, mas sobra qualidade

Não há números exatos sobre a participação das mulheres na cadeia sucroenergética. Em alguns grupos entrevistados, como a Raízen e a Biosev, respectivamente o primeiro e o segundo maiores processadores de cana do mundo, a Raízen com 24 unidades e a Biosev com 11, a presença feminina varia de 11% a 12%. Já no Grupo Jalles Machado, com duas unidades em Goiás, as mulheres representam 20% do quadro de funcionários. Assim, fazendo uma média, calcula-se que as mulheres ocupam menos de 15% dos empregos gerados pelo setor.

O que se sabe é que, a mecanização na lavoura e a automação industrial, colocaram fim à necessidade de força física na maioria das funções da agroindústria canavieira, abrindo espaço para a contratação feminina. Mesmo assim, a participação da mulher ainda é bastante tímida, o que melhorou foi o nível das funções que elas passaram a ocupar. Na época do corte manual, havia muitas cortadoras de cana, hoje, elas são operadoras de máquinas agrícolas.

Há 17 anos atuando na Usina São Martinho, localizada em Pradópolis, SP, o médico Mário Sérgio Ricci, Coordenador da área de Medicina do Trabalho, acompanha as transformações do setor sucroenergético. Uma das maiores evoluções foi a mecanização do processo, onde máquinas passam a fazer o trabalho pesado, e a perspicácia, a sutileza, a disciplina tomam o lugar da força bruta.

Na visão do Dr. Mário, quem melhor acompanhou esse processo de mudança, foram as mulheres. “No dia a dia da usina, pude ver que as mulheres saíram do corte manual e se adaptaram muito melhor à essa evolução no campo do que o homem. Elas não brigam com as máquinas, mas sim, quando têm oportunidade, querem aprender a como tirar melhor proveito delas.”

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