Em busca de matérias-primas renováveis que substituam o petróleo, a Embrapa Agroenergia aposta na química verde
05-10-2016

O aproveitamento da biomassa lignocelulósica como matéria-prima da indústria química renovável. Esta é uma das linhas de pesquisa que a Embrapa Agroenergia tem aplicado esforços e investimentos, dentro da ampla ganha de possiblidades aberta pela química verde.

Exemplos são os projetos C5-AGREGA e Biorrefinaria da Lignina. O primeiro busca desenvolver moléculas bloco-construtoras e intermediárias de síntese a partir da xilose constituinte da hemicelulose do bagaço de cana-de-açúcar; já o segundo busca desenvolver agroquímico de liberação lenta, aditivos para farmacoquímica, entre outros produtos, da lignina kraft advinda da polpação da madeira.

O aproveitamento da biomassa pela química abre-se como uma nova possibilidade de negócios e de geração de riquezas para o País, além de promover um menor impacto negativo ao meio ambiente e a sustentabilidade das cadeias produtivas.

No caso do uso de matérias-primas renováveis, esta é uma questão extremamente estratégica para o Brasil, por ser um dos principais países produtores de biomassa e, consequentemente, um dos maiores geradores de resíduos agroindustriais que podem servir como matéria-prima abundante e barata para os processos de transformação da química.

Dentro do contexto das pesquisas com a química verde, o uso de matérias-primas renováveis é uma grande oportunidade estratégica para o pais se inserir, e até liderar, segmentos relacionados a diversas áreas da química verde em nível mundial. Um exemplo de segmentos de mercado que podem ser positivamente impactados pela química verde e pelo uso da biomassa são:

• Polímeros e materiais para aplicações diversas;
• Commodities químicas, como monômeros;
• Fármacos, cosméticos e produtos de higiene;
• Química fina (agroquímicos, catalisadores, etc.) e especialidades;
• Combustíveis e energia.

Desse modo, é possível observar o grande leque de oportunidades para as quais o Brasil pode tomar a frente tanto do ponto de vista técnico-científico, quanto do ponto de vista sócio-econômico, gerando divisas e reconhecimento ao país. Inclusive colocando o país em posição de liderança em um dos principais desafios do Século XXI: a necessidade de desenvolvimento de novas matérias-primas renováveis para a química, em substituição a fontes fósseis, como o petróleo.

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