Em busca de uma saída para as dívidas
31-07-2017

Algumas das principais empresas do setor de biocombustíveis no Brasil precisam renegociar suas dívidas para se manter. A subsidiária brasileira do grupo espanhol Abengoa negociava a venda de ativos para abater sua dívida de 1 bilhão de reais. Mas as negociações foram interrompidas em junho, quando interessados descobriram que a empresa tem 100 milhões de dólares em contingências fiscais.
Em julho, o banco Santander pediu a falência da companhia, que está sendo analisada pela Justiça. A usina de açúcar e etanol Caeté, do grupo alagoano Carlos Lyra, pediu aos bancos credores uma carência de dois anos para começar a pagar uma dívida de 1 bilhão de reais. O paulista Grupo Virgolino de Oliveira, também de açúcar e etanol, tenta concluir um acordo com os credores para estender o pagamento de 1 bilhão de dólares em títulos de dívida.
A proposta é pagar 270 milhões de dólares em dez anos com a venda de terras e até 800 milhões de reais com os precatórios que a empresa tem a receber. EXAME apurou que os credores devem questionar a proposta.
Procurada, a Abengoa diz que o departamento jurídico avalia como proceder sobre o pedido de falência. A Usina Caeté diz que está em fase final de negociação, e o Grupo Virgolino afirma que está negociando com os credores.