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Em construção, planta de E2G da Usina Bonfim deve ser inaugurada em abril de 2023

EM CONSTRUÇÃO, PLANTA DE E2G DA USINA BONFIM DEVE SER INAUGURADA EM ABRIL DE 2023. “CORAÇÃO” DA FÁBRICA CHEGA NA PRÓXIMA SEMANA

Em julho de 2015, a Raízen fez história ao inaugurar a primeira planta de etanol de segunda geração (E2G) em escala comercial do mundo. A unidade, localizada na Usina Costa Pinto, em Piracicaba/SP, tem capacidade para produzir 42 milhões de litros por safra. Recentemente, a companhia anunciou a construção de outras três unidades, a serem instaladas nas usinas Bonfim (Guariba/SP), Barra Bonita (Barra Bonita/SP) e Univalem (Valparaíso/SP). A capacidade de cada nova planta será de 82 milhões de litros, com CAPEX de R$ 1.0 bilhão.

Na última quarta-feira (21), a CanaOnline visitou as obras da planta de Guariba, cuja inauguração está prevista para abril do próximo ano. As unidades de Barra Bonita e Valparaíso devem entrar em operação em 2024. Segundo a gerente de operações da planta, Havala Barbosa Reis, a unidade contará com dois módulos, ou seja, duas unidades paralelas de produção. A planta da Usina Costa Pinto opera com apenas um módulo.

Para termos uma ideia da magnitude do projeto, a obra da planta de Guariba envolve 600 colaboradores diretos (com pico previsto de 1200 pessoas), 2100 toneladas de estrutura metálica, 250 quilômetros de cabos e 45 quilômetros de tubulações. Já na próxima semana, a Raízen espera receber o “coração” da fábrica, um reator com mais de 53 toneladas.

Lembrando que, por meio da busca por maneiras mais eficientes para otimizar a produção de etanol e da prática da “Economia Circular”, a Raízen mudou sua forma de enxergar os subprodutos da cana. Palha e bagaço, antes resíduos, agora passam por um novo tratamento - um processo altamente tecnológico de hidrólise e dupla fermentação -, que dá origem ao chamado etanol de segunda geração, que contém a mesma composição química do etanol comum, de primeira geração (E1G), e, portanto, os mesmos usos. Por meio dessa inovação, é possível aumentar a produção em 50% sem que seja necessário plantar um hectare a mais de cana-de-açúcar.