Em Minas Gerais, queda de 3% na moagem é compensada pelo aumento do ATR
28-11-2016

A produtividade agrícola mineira neste ciclo oscilou muito. “Temos regiões em que a produtividade caiu muito, como no Triângulo Mineiro, mais perto de Goiás, na região central do estado, e na região próxima à Bahia”, relata Mário Campos, presidente da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais). “Estas regiões foram mais afetadas pela falta de chuva.” No início da safra havia expectativa de uma safra de 65,5 milhões de toneladas, mas serão moídas aproximadamente 63 milhões de toneladas.

Em MG, a geada também influenciou a safra, mas em outra região: no Triângulo Mineiro, mais perto do rio Grande.
“Esta foi uma safra heterogênea. Se é homogênea nas possibilidades de ganhos sobre preços, pois vemos que, em geral, as empresas conseguiram a partir, deste ano, acessar bons preços, o que em 2015 só aconteceu a partir de setembro”, diz Campos
A expectativa inicial de produção de cana no estado, de 65,5 milhões de toneladas, corresponde a um volume aproximado da capacidade nominal mineira, considerando aproveitamento de tempo de tempo padrão.
“Se tivéssemos mais cana, as várias usinas que já concluíram a safra até o final de novembro entrariam moendo em dezembro e fecharíamos o ciclo perto deste volume de 65,5 milhões. Algumas unidades inclusive fecharam a safra em outubro, e outras somente moeram em novembro porque as chuvas de outubro atrasaram um pouco a moagem.”
Em termos de produto final, apesar de o volume de cana ter caído em MG em 3%, de 65 milhões para 63 milhões, o aumento do índice do ATR compensou esta queda na produção. “Por isso, em termos de sacarose, em termos de produto, tivemos a mesma quantidade do ano passado, mesmo moendo 2 milhões a menos”, afirma Campos.

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