Etanol de milho deverá ser complementar ao de cana, mas apenas onde o grão for competitivo
21-12-2015

O etanol de milho tende a ter um papel interessante dentro setor sucroenergético brasileiro. No entanto, essa participação do grão deverá ser somente complementar nas regiões em que o milho tiver um valor competitivo, na opinião de Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria. 

Segundo ele, existe uma perspectiva de crescimento da produção de milho, que hoje está na ordem de 90 milhões de toneladas, no país. Em dez anos, deverá chegar em 200 milhões de toneladas.
Os problemas de logística deverão continuar existindo para se mover todo esse contingente de produto para os portos. “Por isso, devemos continuar assistindo bolsões de produção em que o milho vai ter valor muito competitivo para fazer etanol.”
“Enquanto observamos o milho a R$ 14 por saca em Sorriso, por exemplo, esse valor corresponde entre US$ 1,5 e 1,7 por bushel. Pergunte para um produtor americano se não consegue produzir etanol de milho, com o milho valendo de US$ 1,5 a 1,7 o bushel. Vai dizer que sim.”
Então, sem levar em conta as vantagens e sinergias que podem existir na integração da produção de etanol de milho com etanol de cana, Nastari acredita que esta alternativa de produção do biocombustível é uma oportunidade para o produtor, embora não seja algo que vai acontecer de forma generalizada no país, mas sim nas regiões em que se consegue obter um milho competitivo, complementando bem a produção de etanol de cana na entressafra.
“Aí sim será vantajoso. Fizemos cálculo de qual é o custo desse milho nessas regiões. Chegamos a custos de etanol de milho na ordem de R$ 80 a 90 por litro.”


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