Etanol de milho é viável no Brasil?
16-07-2014

Para duas usinas no interior do Mato Grosso, fazer etanol de milho é um negócio rentável. Se uma unidade convencional pretende produzir o combustível a partir do cereal, basta acoplar equipamentos à planta de etanol de cana-de-açúcar

Clivonei Roberto

Os toletes de cana-de-açúcar deixaram de ser a estrela principal da Usimat em 2011, quando a usina começou a utilizar também milho para a produção de etanol. Entrava em funcionamento a primeira usina flex de etanol do Brasil. Localizada no Município de Campos de Júlio, a quase 600 quilômetros de Cuiabá, a unidade foi construída na década de 1980, mas ficou parada por um tempo. Foi reinaugurada em 2006, ainda no modelo convencional – processando apenas cana-de-açúcar. Mas o negócio ganhou um fôlego a mais com a flexibilização da moagem, utilizando o grão como outra matéria-prima.
Gerente industrial da empresa, Vital Nogueira diz que o projeto ajudou a diversificar as possibilidades agrícolas para a produção do combustível, a sustentar os preços do milho safrinha no Oeste de Mato Grosso, ao aproveitar o excedente do grão na região, e a ampliar o período de funcionamento da usina ao longo do ano.
Em 2014, a usina deverá processar por 340 dias ininterruptos, diminuindo os custos fixos da empresa. Em média, a planta industrial é abastecida com cana durante seis meses e por cerca de cinco meses, com milho. Hoje a Usimat mói 850 mil toneladas de cana por safra. A produção do etanol de milho começa depois do fim da safra de cana.
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