Executivos de fôlego
11-04-2014

O Grupo IDEA realiza os principais seminários técnicos do setor sucroenergético, são cinco durante o ano, reunindo quase 3500 profissionais. Além disso, a empresa é uma das maiores consultorias agrícolas da agroindústria canavieira. Seu presidente, Dib Nunes, tem um ritmo alucinado de trabalho, ainda bem que nos últimos tempos passou a contar com o reforço de suas filhas Andréa e Juliana.

Dona de uma gostosa gargalhada, Andréa cativou os participantes e patrocinadores dos eventos do IDEA. Ela ocupa a função de gerente de marketing, é formada em propaganda e marketing na ESPM, pós-graduada em Administração Estratégica pela FIA-USP e tem MBA em gerência internacional pela University of Technology, Sydney.

Andréa mora em São Paulo, mas o escritório do IDEA fica em Ribeirão Preto. “Quando estou em Ribeirão começo no escritório às 8 da manhã e fico até meu pai ir embora, por volta de 20h30 ou 21h, o que acaba sendo bom, pois consigo colocar em dia tudo o que eu preciso ver com ele para dar continuidade ao meu trabalho quando não estou presente no escritório. Em Ribeirão Preto, me envolvo muito com a visita a locais de eventos, contratação de fornecedores e com a parte administrativa. É quando consigo sentar com a Patrícia, nossa gerente financeira pra ver os fechamentos dos eventos, onde estamos gastando muito, onde podemos economizar...”

Em São Paulo ela trabalha em home office. “Montei um espacinho pra mim no apartamento e tento seguir o horário do escritório, das 8h às 18h ou 19h. Em São Paulo, me concentro mais nas ações de marketing para divulgação dos eventos e em vendas e atendimento aos nossos patrocinadores, pois lá tenho menos interrupção de telefone e probleminhas do escritório. Estou cada ano mais envolvida com mais funções na empresa. Faço de tudo um pouco. Para relaxar, prático esporte”, diz Andréa, que desde pequena dança sapateado e joga squash.

Em maio deste ano, começou a praticar corrida. Conta que optou por correr para ajudar na reeducação alimentar que passou a fazer. “Quando estava em São Paulo a dieta alimentar ia bem, pois fazia academia e quando a gente malha parece que fica mais fácil seguir um regime. Mas aí vinha para Ribeirão e não fazia exercício algum. Para piorar, saía do escritório para jantar com o meu pai todos os dias. Então pensei que a corrida é um esporte que dá pra praticar em qualquer lugar, e assim facilitaria a minha vida”, conta.

Ela passou a receber instruções de um profissional na área, que elaborou uma planilha para que realize a prática de forma correta. Independente de onde esteja, Andréa corre. “E o bom da corrida é que ela precisa só de um tênis e acabou. Saí de férias e até em Nova York eu treinei. Acordei, coloquei meu tênis e fui fazer meu treininho. Depois a consciência não pesou de comer um hot-dog a mais. Hahahahaha!”

Mas Andréa salienta que nem sempre depois que corre abusa da alimentação. “Não vou jogar todo o suor por água abaixo, né? Aí seguro a boca! Quem perdeu foi meu pai: perdeu a companhia do jantar por pelos menos três dias na semana.”

Andréa corre três vezes por semana. Segundo ela, o ideal é intercalar os dias para não sobrecarregar as articulações. “Mas ainda sou iniciante, comecei com um treino intercalado, mesclando trote com caminhada. Agora estou correndo 6km sem caminhar”, informa. Os 6km ela faz em 40 minutos mais ou menos e os 5km mais rápidos foram em 32'47". Dia 3 de novembro participou da primeira provinha de rua: o Circuito Atenas, na marginal Pinheiros. “Meu marido correu 21km e eu 5km, mas largamos juntos!”

O marido, Paulo Correia, executivo do Carrefour, é um apaixonado por corridas e incentiva Andréa a praticar. “A gente encontrou na corrida alguma coisa para fazermos juntos, pois eu jogo squash, ele tênis. Eu danço sapateado e ele gosta de luta”, diz. Seu sonho como atleta é participar na Disney do Desafio do Pateta: para aquele corredor fanático que correr as duas provas, a Meia Maratona no sábado e a Maratona no domingo, total de 63,295 km. Medalha do Pateta. “Eu amo o Pateta.” Haja amor e fôlego!
A saúde falou mais alto

Mesmo com agenda abarrotada, Daniel Bachner também é atleta nato, que busca encaixar a prática de exercícios físicos em sua rotina de trabalho. Diretor Global de cana-de-açúcar de uma das maiores empresas mundiais do agronegócio, a Syngenta, ele consegue aliar a correria e a responsabilidade do trabalho com a rotina de um maratonista apaixonado pelo esporte que pratica. “Corro geralmente pela manhã e perto de casa, mas nos finais de semana gosto de escolher um bairro diferente para praticar meus exercícios.”
Foto: Daniel já disputou diversas maratonas, como Chicago (três vezes), Paris, Praga, Nova York (quatro vezes), e várias em São Paulo

Não foi o gosto pelo esporte que o levou a correr, mas sim a necessidade. “Sempre fui um workaholic, e por volta do ano 2000 pesava 106 Kg. Fui fazer um check-up e o médico me mandou parar, ou iria ter algum problema mais sério.” Daniel entendeu o recado. “Foi aí que decidi mudar meu estilo de vida. Comecei andando devagar. Passei oito meses apenas caminhando.”

Ele foi preparado por Nuno Cobra, um dos maiores personal trainers do Brasil. Dezoito meses depois de sair do sedentarismo, já estava em Nova York para correr sua primeira maratona. “Depois de Nova York, tentei correr pelo menos uma maratona por ano para me manter em forma.”
Ele tomou gosto por este tipo de competição. Já disputou diversas maratonas, como Chicago (três vezes), Paris, Praga, Nova York (quatro vezes), e várias em São Paulo. “Além de correr, aproveito para ficar um tempo em cada país e passear.”

Também já participou diversas vezes da mais famosa corrida de rua do Brasil, a Corrida Internacional de São Silvestre. A prova possui um percurso de 15 km, menos da metade de uma maratona (que no formato olímpico, possui 42 km 195 m), mas com quase todas as dificuldades, como calor e a geografia do percurso. Ele conta que, para disputar corridas longas, é necessário preparo para o corpo e o psicológico. “Não importa o tamanho da prova, o importante é estar determinado a concluí-la”, afirma, lembrando que para ter sucesso 40% é preparo físico e 60% é cabeça.

E 2013 vai chegando ao fim. Se alguém quer encontrar com Daniel na passagem de ano, não estranhe se encontrá-lo correndo 15 km pelas ruas de São Paulo. Numa época dessa, Daniel já está se preparando para disputar mais uma São Silvestre antes de brindar, com “saúde pra dar e vender”, a chegada de 2014.

Entre o escritório e as pistas de corrida - A corrida também está no sangue de Antônio Carlos Degan, diretor comercial da Aratrop. Além de trabalhar bastante e ficar com a família, sempre reserva tempo livre para se dedicar aos treinos de um hobby: a corrida.

Degan gosta de esporte. Até os 18 anos de idade, jogou futebol. Na época, era goleiro do Nacional, de São Paulo. “Cheguei a disputar a Taça São Paulo de Futebol Junior duas vezes. Quase fui profissional”, conta. Mas preferiu dar outro rumo à vida.

Foto: “Uma boa ideia de atividade física para os executivos, que viajam bastante”, aconselha Degani
Mais recentemente resolveu retomar o espírito esportista. “Pensando em desestressar um pouco e em cuidar mais da saúde, comecei a correr.” Fez os exames necessários e aumentou o ritmo da caminhada que já fazia. Mas o preço disso é uma rotina árdua. Algumas vezes na semana faz academia no horário de almoço. Acorda todo dia às 4h40 da manhã e corre no condomínio onde mora das 5h às 6h30. Também quando viaja a trabalho, enquanto colegas e amigos vão tomar um chopinho e por o papo em dia ao final do expediente, ele pega o tênis que sempre leva na mala e vai correr. Fôlego e tanto.

Desde que virou corredor, Degan disputou algumas provas, como de 5, 10 e 15 km. Também competiu em provas de 21 km.

Para o executivo, a corrida é um esporte democrático, que pode ser praticado em qualquer época do ano, onde estiver e independente da idade e da condição social. “Uma boa ideia de atividade física para os executivos, que viajam bastante.”