Expedição mostra a beleza e conservação das RPPNs Porto Cajueiro e Vereda da Caraíba
10-03-2017

Uma “expedição" ambiental foi organizada pelas Associadas da SIAMIG, Coruripe e Santo Ângelo, para apresentar aos representantes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) Porto Cajueiro (localizada em Januária) e Vereda da Caraíba (Bonito de Minas), ambas no Norte de Minas. As duas reservas ocupam uma área de quase 17 mil hectares.

Participam da expedição os diretores do IEF, João Paulo Sarmento e Henri Collet, o supervisor Regional do IEF de Januária e região, Mario Lucio dos Santos; do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas, Afranio Menezes e Eptácio Correia. Os representantes do Instituto Santo Ângelo/Vereda da Caraíba, Decriê Polastrini, Ademir Ferreira de Mello Jr., Guilherme Barreto e Antonio Celso B de Oliveira; os representantes da Coruripe/Porto Cajueiro, Bertholdino Apolônio Teixeira Jr., Aristoclides, José Emilio e Anisio, além do Gerente Ambiental da SIAMIG, Jadir Oliveira.

De acordo com Jadir Oliveira, os representantes do IEF estão verificando in loco a beleza e o trabalho de preservação ambiental que vem sendo feito pelo setor sucroenergético no estado, que vai muito além das obrigações dos empreendimentos quanto ao cumprimento das exigências de compensação ambiental.

A RPPN Vereda da Caraíba tem uma área de quase 10.500 hectares, com investimentos de aquisição e manutenção em torno de R$ 5 milhões. A área tem o bioma de Cerrado e abriga aves raras e uma rica flora. Toda ela recortada por muitas veredas (daí o nome do local), que alimentam o rio Gibão e o Carinhanha. O rio Gibão é um afluente do rio Carinhanha que, por sua vez, é importante contribuinte da margem esquerda do rio São Francisco.

A RPPN Porto Cajueiro possui área de aproximadamente 6.000 hectares, abrangendo importantes remanescentes do Cerrado, Cerradão e Veredas, junto ao rio Carinhanha, divisa entre os estados de Minas Gerais e Bahia. A reserva implantou um programa de levantamento da avifauna, que identificou 122 espécies de aves, sendo duas ameaçadas de extinção.

Desde a aquisição das áreas foram implantados aceiros, torres de incêndio, recomposição das matas ciliares, nascentes e outros recursos naturais. O setor em Minas Gerais conta hoje com cinco RPPNs, em torno de 27.087 hectares de área, dando uma grande contribuição para a preservação ambiental em Minas Gerais.