Governador Geraldo Alckmin defende priorização dos biocombustíveis na matriz energética brasileira
02-08-2017

O governador Geraldo Alckmin assinou na segunda-feira (31) manifesto em apoio à priorização do setor de biocombustíveis, por meio do Programa RenovaBio, documento também assinado por 18 entidades do segmento. A assinatura foi realizada durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a presença dos secretários de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, Energia e Mineração João Carlos Meirelles, e de Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O programa do Governo Federal, liderado pelo Ministério de Minas e Energia, pretende expandir a produção de biocombustíveis, baseado na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social e compatível com o crescimento do mercado.

“O manifesto pode vir ao encontro do acordo do clima, aumentando a participação do etanol, do biodiesel, do bioquerosene, do biogás e da bioeletricidade. Isso gera muito emprego e respeita o meio ambiente”, afirmou Geraldo Alckmin.

De acordo com o documento, é urgente a aprovação de um marco regulatório que induza ganhos de eficiência na produção e no uso de biocombustíveis - e que reconheça externalidades de reduzir emissão de gases de efeito estufa gerados pela queima de combustíveis fósseis. “O setor representa expressiva fonte de energia primária no Brasil, movimenta uma grande cadeia de produção que envolve o setor automotivo e de autopeças, bens de capital, máquinas e equipamentos, químico de fertilizantes e muitos outros, responsáveis por 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos gerando renda e desenvolvimento econômico e social”, afirmou Plínio Nastari, da Consultoria Datagro, ao ler o manifesto.

A adoção de estratégias mais efetivas de incentivo às energias renováveis também tem contribuído para significativa redução da poluição atmosférica dos grandes centros e eliminação quase completa da colheita de cana queimada, bem como a recomposição de 260 mil hectares de matas ciliares. “Priorizar o setor é estratégico para atender os objetivos de política econômica, social e ambiental. Desde 1975, o uso do etanol e biodiesel permitiu a redução de mais de um bilhão de toneladas de CO2 equivalente”, afirmou Nastari, acrescentando que a alternativa é muito vantajosa ao setor de transporte.

De acordo com o secretário Arnaldo Jardim, o avanço nas políticas públicas para o setor possibilitará investimentos em capacidade produtiva de 54 bilhões de litros de etanol até 2030, quase o dobro do que se produz atualmente, ampliando em 18% a participação de combustíveis renováveis na matriz energética do Brasil. “O Renova Bio também contribuirá para a retomada de um ritmo forte e sustentável de crescimento, diferentemente dos últimos anos, no qual houve o fechamento de usinas e queda na geração de empregos”, afirmou.

Alem do governo paulista, também assinaram o manifesto as seguintes entidades: Fiesp, Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Associação Brasileira do Agronegócios (Abag), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiov), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andev), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) , Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise-BR), Fórum Nacional Sucroenergético, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Organização de Plantadores de Cana da Região Centro Sul do Brasil (Orplana), Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Por Paloma Minke