Grupo Colombo utiliza colhedora de cana inteirano plantio semi-mecanizado no sistema de Meiosi
30-08-2017

Anteriormente abandonada, colhedora de cana inteira CAMECO S30B passa a ser peça principal no sistema de Meiosi do Grupo Colombo. Foto: Divulgação Grupo Colombo
Anteriormente abandonada, colhedora de cana inteira CAMECO S30B passa a ser peça principal no sistema de Meiosi do Grupo Colombo. Foto: Divulgação Grupo Colombo

Modelo CAMECO S30B, fabricado e importado pelo Grupo na década de 1990, estava parado no pátio da usina

O Grupo Colombo, fundado em 1940, é uma das empresas mais sustentáveis do setor sucroenergético. Conta com três unidades produtoras nas cidades paulistas de Palestina, Ariranha e Paranapuã e, além da produção de etanol, energia elétrica e açúcar, é dona das marcas de açúcar Colombo e Caravelas comercializadas no varejo.

O bom desempenho do Grupo Colombo tem como base uma gestão comprometida com as boas práticas, investimento em inovações e capacitação de seus profissionais. Esse conjunto de ações muitas vezes inspira a equipe a criar soluções caseiras e desenvolver técnicas que aprimoram sistemas que estão em uso, como acontece com a Meiosi (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente), que com o uso do piloto automático voltou a ser adotado pelo setor de cana.

Neste sistema, planta-se uma ou duas linhas de cana intercaladas por oito ou mais linhas de cereais ou adubação verde. Quando estiver no ponto da formação do canavial, esta cana é colhida e seus toletes preenchem as linhas onde estava a cultura intercalar.

Porém, o Grupo Colombo tem enfrentado alguns problemas operacionais para realização da Meiosi em suas áreas, principalmente no que tange a questão da falta de disponibilidade de mão de obra, seja para a colheita manual da rua “mãe” quanto para a desdobra da cana. “Como ainda não temos know-how suficiente para a mecanização plena das operações de Meiosi, optamos por investir no meio-termo: corte mecanizado com plantio manual”, conta o gerente agrícola do Grupo Colombo, unidade Ariranha, José Luiz Menossi.

A primeira alternativa, que não deu muito certo, foi adaptar uma carregadora, que iria cortar a cana e deitá-la sobre o solo. Em seguida, a empresa tentou adaptar uma colhedora de cana picada. Neste caso, foi tirado o rolo picador e adicionado um direcionador na traseira da máquina. A cana saía inteira e o colaborador apenas faria a desdobra para as ruas que seriam plantadas. “Entretanto, o resultado não ficou bom, pois tivemos bastante danos às gemas.”

Já o terceiro caminho seguido pelo Grupo Colombo deu certo e parece ser o definitivo. “Pegamos uma colhedora de cana inteira que estava parada há tempos no pátio da unidade, fizemos algumas modificações e a colocamos para trabalhar. O resultado foi excepcional”, destaca o gerente agrícola.

A colhedora em questão é uma CAMECO S30B, fabricada e importada pela Colombo na década de 1990. O modelo consome cerca de 18,5 litros/hora, possui velocidade de trabalho de 5 a 6 km/h, conta com um motor Caterpillar 3304 T de 200 hp e utiliza pneus como tipo de rodado. Já o corte de base é feito por um único disco, cujo diâmetro é bem maior do que o convencional. “Seu corte é perfeito, não estilhaçando mesmo na velocidade de 6km/hora”, ressalta Menossi.

Ele explica que, em função do braço lateral da máquina, que afeta seu centro de gravidade, é necessário deixar dois sulcos sem sulcar, pois, caso contrário, a colhedora irá cair dentro deles. “Esse braço deve ser manobrado por um segundo operador. O lado positivo é que ele conseguirá, dependendo da ocasião, mexer no mecanismo e distribuir a cana onde for necessário, como, por exemplo, na terceira ou quarta rua.”

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