Hotsite da Embrapa destaca uso consciente da água pelo agronegócio
03-03-2015

Em tempos de crise hídrica, o desafio da agricultura brasileira é encontrar soluções de baixo custo que aumentem a disponibilidade deste recurso, sem que haja comprometimento da produção. Usando isso como premissa e tecnologias desenvolvidas para diferentes biomas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lançou mo mês de fevereiro o hotsite "Água na Agricultura", que entre outras coisas, reúne informações sobre como utilizar de forma sustentável a água na lavoura e na criação animal.
Com informações relevantes disponibilizadas no formato de publicações, vídeos e notícias, a ferramenta digital é fruto da parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Embrapa, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e da Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo a ministra do Mapa, Kátia Abreu, o objetivo do projeto é reunir informações atualizadas e significantes sobre o tema em um único ambiente, disseminado conhecimento para quem mais precisa, técnicos e produtores rurais, que poderão fazer uma gestão mais racional da água nas suas propriedades.

“São informações preciosas. As pessoas precisam conhecer que o Brasil está evoluindo e tem instrumentos para se precaver,” afirmou Abreu.
Para o consultor Ambiental e de Recursos Hídricos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Andre Elia Neto, o hotsite é um importante mecanismo para o agronegócio, principalmente pelo destaque dado ao reaproveitamento das chuvas.
“A construção de pequenos represamentos para usos múltiplos e barragens na lavoura e nas beiras de estradas, além de reservar águas de chuva, combate a erosão e possibilita uma maior recarga do lençol freático. A água é reaproveitada em diversos lugares do mundo, nós também precisamos fazer isso, principalmente durante o período de chuvas de verão,” explicou o consultor da Unica.
Segundo Elia Neto, graças ao reuso e a utilização sustentável do recurso hídrico, a indústria sucroenergética não sofre, de maneira geral, grandes transtornos com a crise que abala seriamente a região Sudeste, principalmente o estado de São Paulo.
“Nas últimas três décadas, o setor diminuiu quase dez vezes a quantidade de água captada. A retirada média pelo setor caiu de 15 a 20 metros cúbicos por tonelada, para a média atual abaixo de dois metros cúbicos por tonelada. Isso trouxe benefícios econômicos para as empresas, como o decréscimo da cobrança pelo uso da água. Mas, ainda assim, é preciso estarmos atentos as medidas de contenção, já que uso consciente da água é algo contínuo,” completou o consultor da Unica.

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