Independente de qual governo for, a Frente Parlamentar da Agricultura defende pauta sustentável
18-11-2022

“Não é possível que em um país que é exemplo para o mundo em sustentabilidade queiramos beneficiar os combustíveis fósseis”, salienta Leal
“Não é possível que em um país que é exemplo para o mundo em sustentabilidade queiramos beneficiar os combustíveis fósseis”, salienta Leal

Essa é a posição de Paulo Leal, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana)

O agronegócio vive a expectativa de como será a posição do novo governo federal que assume a partir de 1º de janeiro de 2023. Mas no ponto de vista de Paulo Leal, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), a interlocução com o novo governo será como sempre foi: em defesa da sustentabilidade do setor.

Leal conta que, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin já os procurou para marcar um encontro com a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA). Nesta possível reunião, o Presidente da Feplana salienta que será reforçado que a FPA tem um projeto para o agro baseado na sustentabilidade, produtividade, questões ambientais e trabalhistas.

“São ações que desenvolvemos cada vez melhor, para que a nossa população viva mais dignamente. Essa nossa pauta é substanciosa e não a alteraremos independe de que governo for. E se surgirem obstáculos, o agro enfrentará, como já o faz com as instabilidades do clima e outros problemas que estão fora de nosso alcance”, informa Leal.

Em relação ao setor canavieiro, Leal ressalta que um dos temas principais envolve os Créditos de Descarbonização CBIOs. “Está no Congresso um Projeto de Lei (PL) com relatoria do deputado Benes Leocádio com a obrigatoriedade do pagamento pelos CBIOs para quem fornece, ou seja, os produtores de cana. E a quantidade que deveremos receber.”

O setor tem um grupo de trabalho junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) que discute pautas como a comercialização de CBIOs. Em relação a esse tema, Leal conta que o MME já apresentou várias sugestões, porém os produtores de cana discordaram da maioria delas. Outra pauta que está em negociação é a tributária, a previsão é que seja acertada no começo do ano. Os produtores defendem menor carga tributária aos combustíveis limpos em comparação com os fósseis. “Não é possível que em um país que é exemplo para o mundo em sustentabilidade queiramos beneficiar os combustíveis fósseis”, salienta Leal.

Fonte: CanaOnline