Laboratório lança segunda edição do Boletim CTBE e explora os impactos da Lei da Balança
12-04-2017

Um sistema logístico fortemente dependente de rodovias no Brasil – cerca de 56% da carga transportada escoa por estradas – o transporte de cana-de-açúcar do campo às usinas, que já não é barato, deve subir ainda mais. A chamada Lei da Balança estabelece rigorosos limites para o transporte de cargas por caminhões.

A medida que já está em vigor impõe aos veículos pesados como rodotrens, que atualmente podem trafegar com até 77 toneladas de Peso Bruto Total Combinado (PBCT), uma redução de 28%, limitando a capacidade de carga transportável a 43 toneladas.

“O número de toneladas de colmos transportada por caminhão diminui, mas a quantidade de veículos nas estradas cresce proporcionalmente. É uma consequência natural”, explica Terezinha de Fátima Cardoso, Analista de Desenvolvimento Tecnológico no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e uma das autoras da nova edição do Boletim CTBE.

A realidade das usinas se altera conforme os processos adotados, distância do local de processamento e outros fatores, mas o material que compõe o Boletim CTBE pode auxiliar empresários e produtores, dos mais diferentes tamanhos, em cálculos considerados complexos.

Com relação aos custos, o consumidor pode esperar por aumento em produtos derivados da cana – como etanol e açúcar, uma vez que direta ou indiretamente estes custos serão repassados. “Por outro lado”, explica Cardoso, “temos de considerar que essa medida pode repercutir também no aumento do número de empregos diretos – motoristas e mecânicos – e indiretos – concessionárias e revenda de peças, por exemplo. Essas podem ser outras consequências da Lei”.

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