Mais de 170 empresas e associações são conveniadas à RIDESA/UFSCar
02-09-2014

Somente no Estado de São Paulo, a instituição tem convênio com 15 associações, que representam aproximadamente 11,5 mil produtores e fornecedores de cana-de-açúcar, além de mais de 150 usinas e destilarias.


Geneticistas, melhoristas, fitopatologistas, nematologistas, técnicos agrícolas, técnicos de laboratório e especialistas nas áreas de administração e suporte estão entre os profissionais que integram a equipe do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA) da RIDESA/UFSCar. O PMGCA conta hoje com 172 conveniadas, entre associações, cooperativas, empresas, usinas e destilarias do setor sucroenergético, localizadas nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de uma empresa no México.

As conveniadas à RIDESA/UFSCar estão autorizadas a plantar as variedades de cana com a sigla RB, registradas e protegidas conforme a Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997, promulgada pelo Decreto 2.366, de 5 de novembro de 1997. As associadas têm o licenciamento do uso de cultivares de cana-de-açúcar protegidas e registradas, além do acesso a todo material genético de propriedade intelectual não só da RIDESA/UFSCar, como de todos os programas de melhoramento das universidades federais integrantes da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético).

Por atuar no Estado de São Paulo, onde está localizada a maioria das usinas e destilarias do País, a RIDESA/UFSCar conta com um volume maior de participação. Atualmente, as 15 associações conveniadas ao PMGCA da RIDESA/UFSCar representam aproximadamente 11,5 mil produtores e fornecedores de cana-de-açúcar no Estado paulista. Com o reforço das unidades do Mato Grosso do Sul, na região da chamada "nova fronteira do etanol", a RIDESA/UFSCar se destaca como uma das principais fornecedoras das variedades RB. Além disso, em SP e no MS a instituição tem mais de 150 usinas conveniadas.

CONVÊNIOS OFERECEM SUPORTE AO PMGCA - De acordo com José Adalberto da Cruz, responsável administrativo e financeiro da RIDESA/UFSCar, a instituição conta com um técnico agrícola e um engenheiro agrônomo para cada uma das empresas e associações conveniadas ao PMGCA no Estado de São Paulo. "Essa relação contempla a introdução anual de novos clones promissores, visitas técnicas e, em alguns casos, a implantação e condução de experimentos visando à obtenção de novas variedades de cana-de-açúcar", explica.

O objetivo do PMGCA é a obtenção de variedades de cana melhoradas e adaptadas às diversas condições edafoclimáticas, ou seja, iguais ou superiores às variedades plantadas hoje comercialmente, atendendo às necessidades do setor sucroenergético. Neste sentido, Cruz destaca a importância das associações e empresas conveniadas para o desenvolvimento das atividades da RIDESA/UFSCar. "Além das pesquisas para obtenção de novas variedades que são desenvolvidas em parceria, são as associadas que dão suporte financeiro para a sustentação do programa".

Ele afirma que a sintonia das atividades entre o PMGCA e as associações favorece o trabalho de melhoramento genético de cana e o desenvolvimento de tecnologia que possa garantir cada vez mais produtividade e qualidade nos canaviais. "A RIDESA/UFSCar realiza atividades de natureza técnica e científica visando o desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar e de conhecimentos sobre o seu manejo, nas condições edafoclimáticas específicas das associadas", observa.

A eficiência do PMGCA é mantida a partir de critérios técnicos, científicos e de gestão. A RIDESA/UFSCar realiza visitas técnicas periodicamente, observando os novos materiais introduzidos, tanto em relação ao comportamento agroindustrial como fitossanitário, indicando as melhores opções para multiplicação. Cruz destaca também a realização de dias de campo e reuniões técnicas, promovidas em regiões estratégicas de produção no País, para a divulgação das variedades e dos clones promissores.