Mercado promissor para o setor ou um movimento sísmico?
25-07-2017

Infinity-Bio-Energy, depois da recuperação judicial, pediu falência
Infinity-Bio-Energy, depois da recuperação judicial, pediu falência

*Marcos Françóia

Na última safra observou-se um movimento positivo dos preços, que geraram um novo ânimo ao mercado e estimularam alguns analistas a avaliarem possibilidades em aquisição de unidades produtivas.

Vários fundos de investimentos manifestaram o interesse em conhecer melhor os números e as possibilidades do setor. São investidores interessados em aquisições de ativos agrícolas, assumir dívidas ou adquirir produtos finais para garantir um fornecimento de longo prazo. As avaliações visam também projetos em operação ou com um alto grau de alavancagem financeira, que permitem assumir a dívida e fazer um reescalonamento dos pagamentos no longo prazo, desembolsando menos com a aquisição. Os investimentos iniciais seriam desembolsados para recuperar as lavouras.

Porém, as feridas abertas decorrentes de anos de crises, somente podem ser curadas com tratamento a longo prazo, ou melhor, anos de resultados positivos e não é isso que o mercado indica.

Em relatório recente, produzido pela agência de classificação de risco Fitch, com a colaboração de estudos realizados pela MBF Agribusiness, a agência sinaliza que “mais dificuldades estão no caminho das empresas do setor. Espera-se mais inadimplências e pedidos de recuperação judicial”.

Não há milagre! Com as incertezas econômicas e políticas que o país convive, temos outro ano difícil, ainda mais com os preços dos produtos nos patamares atuais, chegando aos limites dos custos de produção.

Diante disso, resta saber se esse interesse por investimentos no setor é consequência de um movimento sísmico provocado pela onda de otimismo do ano anterior e se acabará, ou se o mercado investidor está mais visionário e acreditando no potencial de resultados no longo prazo. Nos próximos meses teremos essa definição.

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