O astro da cana-de-açúcar
12-07-2016

Pedro Mizutani um dos principais personagens do setor sucroenergético

Luciana Paiva

“Olha o tomaaate!”

Esta frase pronunciada várias vezes, em alto e bom som para atrair a freguesia das feiras livres de Ribeirão Preto, no interior paulista, embalou o início profissional de um dos principais executivos do setor sucroenergético, Pedro Isamu Mizutani, vice-presidente de Relações Externas e Estratégia da Raízen, o maior grupo sucroenergético do mundo, com 24 unidades produtoras, uma joint venture, criada a partir da união de parte dos negócios da Shell e da Cosan.

Filho de japoneses, Pedro nasceu em Ribeirão Preto. “A terra da cana”, salienta.
Mas sua iniciação no mundo do trabalho foi por meio das hortaliças. “Minha família sempre mexeu com comercio de tomates e verduras. Só comercializava, não plantava. Comecei a trabalhar na feira aos sete anos. Ajudava também no CEAGESP. Desde cedo lidei com a parte comercial, com custos. A feira me ajudou muito a me relacionar com os clientes, a entender a dinâmica do mercado, a formação de preços e lucro. Tudo o que aprendi no dia a dia da feira, como o marketing, acabei usando muito no meu trabalho na agroindústria canavieira, não na produção, mas na área comercial”, conta Pedro.

Sua formação educacional foi na escola pública, estudou no Sesi, depois fez cursinho no COC e entrou na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, na capital paulista. “Fiz faculdade de engenharia. Meu pai achava que eu devia continuar o negócio dele. Minha mãe deu o conselho de estudar e buscar uma vida melhor”, relembra.

Logo que iniciou o curso de engenharia, Pedro diz que teve vontade de mudar para administração. “Achei que não era aquilo que eu queria, mas descobri um ramo da engenharia, a de produção, que é menos técnica e mais voltada a administração. Aí conclui o curso de engenharia de produção em 1982.” Mas o desejo de retornar a Ribeirão Preto sempre o acompanhou nos anos de faculdade. “Viver em São Paulo sem dinheiro é muito difícil, minha família era humilde, com poucos recursos. Além disso, eu sofria com o frio paulistano, meu sonho era voltar para a família e ao calor de Ribeirão.”

Um dia, em seu último ano de faculdade, já estagiando em um banco, Pedro viu em uma lousa da Politécnica um anúncio sobre uma vaga de trabalho na área financeira de uma usina de cana-de-açúcar de Piracicaba, SP, a Costa Pinto. “Na hora pensei: é a oportunidade de ir para o interior, pelo menos ficar mais próximo de Ribeirão.” Se inscreveu para a vaga, quando saiu a reposta da aprovação já estava formado e efetivado no banco. Mas, não pensou duas vezes e tomou o caminho da roça.

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