“O ideal é trabalhar com uma colhedora por quatro safras”
20-03-2015

Esta é a opinião do coordenador do GMEC; no entanto, ele constata que, com a crise, muitas unidades estão esticando a “vida” das máquinas

O consultor Luis Antonio Bellini, coordenador do GMEC (Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético), defende a realização de minirreformas de equipamentos canavieiros ao longo da safra. “Uma reforma de colhedora, por exemplo, nunca restabelece a disponibilidade da máquina do ano anterior, esse indicador sempre cai ano após ano. Mas reformar a colhedora é necessário, porém o modo como isso é feito deve ser revisto. Trabalha-se com a máquina o ano todo e ela é reformada na entressafra, o que é arcaico. Ou seja, não ter manutenção preventiva e preditiva é o que tem de mais atrasado no setor.”
Na opinião do consultor, se houver cuidado com a máquina o ano todo, é viável reformar a colhedora nas suas quatro primeiras safras. “Tem muita usina que trabalha bem com máquina por seis anos, mas o ideal é que se trabalhe com uma colhedora no máximo por quatro safras, na minha percepção. Isto porque, a partir da quarta safra, já tem disponibilidade baixa e custo de manutenção alto.”
Mas o atual momento de dificuldade enfrentado pela maior parte das unidades do setor tem dificultado a substituição das colhedoras por equipamentos novos. “Tenho visto muita usina deixando pra depois o investimento, e esticando a vida das máquinas.”
Para Bellini, a manutenção preditiva e preventiva e a minirreforma permitem que se tenha disponibilidade linear ao longo da safra, com baixo custo de manutenção. “O objetivo desta metodologia de reformar ao longo da safra é linearizar a disponibilidade. Na prática, temos conseguido isso com sucesso. Paralelamente, se tem uma redução de custos importante, porque se maximiza a vida das peças, dando maior sobrevida aos componentes.”
Ele lembra que a manutenção de qualidade é fundamental para que se tenha disponibilidade do equipamento. “Uma máquina de um milhão de reais que não trabalha fatalmente vai aumentar o custo da empresa. Por isso, as usinas reconhecem a importância de se ter uma manutenção bem feita e fazem suas acrobacias para terem recursos para esta finalidade. O momento é de adotar novas tecnologias e buscar a redução de custos de qualquer forma. Isso nunca foi tão importante.”
Bellini é um dos vários especialistas em motomecanização canavieira presentes no Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar. O evento é promovido pelo Grupo IDEA, no Centro de Eventos Taiwan, em Ribeirão Preto, SP. Em paralelo ao Seminário acontece a 6ª Mostra de Máquinas e Equipamentos Agrícolas.

Veja a programação completa do 17º Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar no site do Grupo IDEA: www.ideaonline.com.br.

Serviço:
17º Seminário de mecanização e produção de cana-de-açúcar
Data: de 25 a 26 de março
Local: Centro de Eventos Taiwan
Mais informações: (16) 3211-4770
Inscrições: http://www.ideaonline.com.br/evento-sobre/17-seminario-de-mecanizacao-e-producao-de-cana-de-acucar


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