O vinho espumante marca presença em novas fronteiras
14-08-2017
Na esteira dessa notoriedade que ganhou os espumantes da Serra Gaúcha, novas regiões vitivinícolas do Brasil despontaram. Celito Guerra, pesquisador da Embrapa, relata que produzir espumante é a possibilidade de conquistar o mercado mais rápido e, com isso, garantir o negócio. Assim, o produtor dessas novas fronteiras, um fenômeno dos últimos 20 anos, tem em sua linha de produção pelos menos um rótulo de espumante.
É o que acontece com as vinícolas das regiões de altitude de Santa Catarina, onde a Embrapa realiza parcerias com produtores, para colocar o produto em um escopo tecnológico de qualidade e fazer com que avance mais rapidamente. Com a vinícola Villaggio Grando, localizada em Água Doce, SC, a 1350 metros de altitude, a pesquisa é para desenvolver o espumante com características específicas para a região dos vinhos de altitude catarinense. “É um terroir excelente para a produção de vinhos brancos tranquilos e de espumantes com tipicidade de champanhe, mais ácido, mais encorpado e mais longevo”, diz Celito.
Guilherme Grando, diretor comercial da Villagio, diz que hoje a vinícola conta com 43 hectares com uva, onde são realizadas pesquisas com mais de 100 variedades, sendo cerca de 35% destinadas aos espumantes. A Villagio processa entre 180 mil a 230 mil quilos de uva por safra, cerca de 63 mil quilos seguem para a produção de espumantes. E das 180 mil garrafas produzidas em média, 63 mil são de vinho espumante.
As pesquisas já apuraram quais as variedades mais promissoras para o espumante típico das regiões de altitude catarinense, são: Pinot Noir, Pinot Meunier, Chardonnay, Riesling, Merlot e a Trebiano está na fase de teste. Os trabalhos começaram em 2015 e a expectativa é lançar, em 2018, um espumante com protocolo especifico para aquela região.
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