Odebrecht Agro processa 2% menos cana em 2016/17, mas avança em açúcar e anidro
04-04-2017

A Odebrecht Agroindustrial, braço sucroenergético do conglomerado empresarial brasileiro, processou 28,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2016/17, encerrada oficialmente na sexta-feira, 31. O volume é 2% menor frente aos 29,2 milhões de toneladas de 2015/16 e também ficou aquém dos mais de 30 milhões de toneladas inicialmente esperados. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pela companhia.
Quantos aos produtos, a companhia fabricou 590 mil toneladas de açúcar (+29,7%), 1,28 bilhão de litros de etanol hidratado (-8,6%) e um recorde de 690 milhões de litros de etanol anidro (+7,8%). A empresa também registrou a maior exportação de energia elétrica ao Sistema Nacional, de 2,2 mil GWh, ante 2,1 mil GWh no ciclo anterior. Durante a temporada foram plantados 60 mil hectares de canaviais, sendo 7 mil hectares de expansão.
Em nota, a Odebrecht Agroindustrial destacou que esses resultados em produtos, apesar da moagem menor, deve-se ao ganho de escala e de produtividade conquistado nos últimos anos; à reestruturação da dívida, que deu fôlego à gestão de caixa no curto prazo e também para novos investimentos; e ainda a novas estratégias de mercado, como o programa Parceiros Mais Fortes, voltado à expansão de áreas plantadas com custos competitivos e qualidade na operação.

Atualmente, o programa conta com 31 parceiros agrícolas, cuja produção nessa safra foi de 6,3 milhões de toneladas de cana, o que representa 23% do total da moagem da empresa no período e um crescimento de 28% na comparação com 2015/16. “O programa é uma excelente fórmula para aumentarmos nossa produtividade. Esperamos atingir, em cerca de quatro anos, a nossa capacidade máxima de moagem instalada, que é de 37 milhões de toneladas”, afirmou, no comunicado, o presidente da Odebrecht Agroindustrial, Luiz de Mendonça.

Segundo o executivo, a empresa teve um avanço na geração de caixa em 2016/17 da ordem de 70% a 80% frente ao período anterior, quando a receita líquida foi de R$ 3,7 bilhões. De acordo com Mendonça, essa geração já financia os investimentos da companhia. Acrescentou que pelo quarto ano consecutivo a empresa fecha a safra com “resultado positivo”. Para a próxima safra, a Odebrecht Agroindustrial, que tem seis polos produtivos nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, investirá mais de R$ 400 milhões e projeta moer 30 milhões de toneladas de cana