Odebrecht Agroindustrial economizou R$ 3,8 milhões somente em 2014 por participar do Pronatec
06-07-2015

Qualificar trabalhadores para trabalharem nos processos de uma usina de cana-de-açúcar é uma missão vital tanto para o setor sucroenergético, como para gerar oportunidades para as pessoas nas comunidades em que as unidades de açúcar e etanol estão situadas.

Nabor Nogueira, da área corporativa de desenvolvimento de pessoas da Odebrecht Agroindustrial, sabe bem disso. Sua dedicação diária é pela capacitação profissional de trabalhadores nos seis polos sucroenergéticos da companhia, que congregam um total de nove unidades produtivas. Além de também capacitar pessoas na África, precisamente em Angola, onde a Odebrecht tem uma unidade que começou a operar no ano passado, a Biocom. A usina angolana da empresa ainda está em fase de testes, mas já emprega 1.700 pessoas, prioritariamente angolanos, que são capacitados por brasileiros que periodicamente desembarcam no país africano. Segundo Nabor, a Biocom é empresa estratégica para o governo angolano por produzir etanol, energia e açúcar, além de oferecer empregos à população.

No Brasil, Nabor não precisa deslocar de tão longe especialistas para capacitarem a mão de obra demandada pelas unidades da empresa. Mas nem por isso é uma tarefa mais simples, considerando o grande gap de qualificação que existe nas comunidades brasileiras.

Para ele, as usinas sucroenergéticas têm recebido um grande suporte no desenvolvimento de pessoas por parte do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). “O SENAI, o plano Brasil Maior, do governo federal, e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio cumprem papel importante por meio deste programa para que consigamos melhorar a capacidade produtiva do setor industrial brasileiro. Afinal, ainda temos muito a caminhar no que tange às competências instaladas de nosso trabalhador”, afirma.

“Quando comparamos os trabalhadores brasileiros com o de outros países, existe uma grande diferença. Por exemplo, enquanto a indústria norte-americana utiliza um trabalhador para produzir um item, o mesmo processo produtivo no Brasil utiliza cinco trabalhadores. Estamos ainda muito aquém nesse universo de competitividade internacional”, salienta.
Segundo ele, o Pronatec é uma oportunidade para a companhia de ampliar os investimentos em qualificação, tanto para os próprios trabalhadores da empresa como para os trabalhadores das comunidades em que as nove usinas do grupo estão inseridas.

E 2014, segundo ele, foi um ano importante para a Odebrecht dentro do Pronatec. “Conseguimos capacitar 799 integrantes da empresa e 863 pessoas das comunidades em que atuamos. Isso pra nós representou cerca de R$ 3,8 milhões economizados em investimento voltado ao desenvolvimento de pessoas, nas áreas industrial, agrícola e de manutenção”, relata.

Em 2013, que foi um ano de experiência do programa, a Odebrecht já havia economizado R$ 1,3 milhão em capacitação, ao qualificar em torno de 560 pessoas, incluindo colaboradores e pessoas da comunidade.

Em 2015, Nabor torce para que o número de pessoas qualificadas também seja significativo. O problema é que, por conta das medidas de ajuste fiscal do governo federal, o Pronatec também foi atingido.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.