Pame reduz área afetada por incêndios em canaviais
06-08-2015

Usinas Alta Mogiana, Colorado e Guaíra criaram o Plano de Auxílio Mútuo em situações de Emergência, visando atuação conjunta e eficaz das empresas no combate a incêndios

A ideia de unir forças para prevenir e combater incêndios não é nova. Unidades próximas geograficamente estabelecerem procedimentos comuns e estabelecerem canais de comunicação com o objetivo de combater com maior velocidade e eficiência qualquer foco de incêndio que apareça na região.

Um exemplo bem-sucedido foi adotado na região de Ribeirão Preto. Em 2012, com a criação do PAME (Plano de Auxílio Mútuo em situações de Emergência) envolvendo as Usinas Alta Mogiana, Colorado e Guaíra, em parceria com a polícia da região e com apoio e supervisão do Corpo de Bombeiros.

Dessa forma, quando há o início de um foco, as empresas atuam juntas para garantir o rápido combate ao incêndio, disponibilizando recursos materiais, de comunicação, equipamentos e caminhões tanques/pipas, a fim de minimizar o risco à Sociedade, ao Meio Ambiente e ao patrimônio da empresa.

O engenheiro de segurança do trabalho da Usina Alta Mogiana, Ricardo Antônio Jordão, conta que a iniciativa da criação de uma associação partiu do momento em que as três usinas começaram a abolir a queima de suas atividades e constaram que já não era mais interessante ter cana queimada. “Como as empresas possuem canaviais muito próximos, um pequeno incêndio em determinado local pode se propagar rapidamente para outras áreas, afetando, também, os talhões da usina vizinha”.

SEMPRE ALERTA


Cada uma das três empresas integrantes deste PAME possui sua própria estrutura de prevenção e combate a incêndios, que vão desde mirantes, caminhões-pipa (ou caminhões-bombeiro), abafadores, mangotes, mangueiras, esguichos, EPIs, veículos leves para apoio, ambulâncias (caso ocorram emergências com vítimas), kits para aplicação de espuma (que visam abafar a propagação do fogo e economizar água), até torres de vigias guardadas 24 horas por dia por funcionários munidos de binóculos e rádios que fazem a vigilância dos canaviais. Além, é claro, das brigadas de incêndios.

A Usina Açucareira Guaíra, localizada na cidade paulista de mesmo nome, foi uma das empresas que investiu pesado em sua estrutura de combate a incêndios. O engenheiro ambiental da unidade, Anderson Faria Malerba, conta que os investimentos se deram desde a aquisição de caminhões-pipas e equipamentos, treinamento de brigadas de incêndios até a instalação de kits para aplicação de espuma nos tratores e colhedoras.


“Unida, a estrutura das três usinas possibilita uma ação rápida e eficiente, tanto na comunicação de possíveis focos até na extinção dos mesmos. Em 2014, nós registramos um número maior de incêndios se comparado a 2010, porém, graças à ação do PAME, as áreas afetadas foram bem menores”, afirma Malerba.

Na Usina Alta Mogiana foram quase 10 mil hectares queimados ao longo de 2014. Prejuízos que são incalculáveis, segundo o engenheiro agrônomo de colheita da empresa, Saulo Augusto de Almeida Cantasini. Ele conta que, quando a queima ocorre em épocas fora do período de safra, a cana é colhida para que haja a brotação e, posteriormente, é descartada. “Além desses, existem também os prejuízos indiretos, pois, quando há algum foco de queimada próxima, precisamos parar as atividades de colheita para que o fogo possa ser controlado, o que representa perdas de eficiência operacional.”

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