Para aumentar a eficiência energética, muitas unidades sucroenergéticas precisam realizar o retrofit do retrofit
23-11-2021

O retrofit aumenta a confiabilidade operacional dos equipamentos, a eficiência do ciclo térmico da usina e pode preparar a caldeira para outros tipos de biomassa
O retrofit aumenta a confiabilidade operacional dos equipamentos, a eficiência do ciclo térmico da usina e pode preparar a caldeira para outros tipos de biomassa

Investimentos para o aumento da cogeração de energia ocorreram em grande parte no início dos anos 2000, já está na hora de modernizar a planta para que produza mais energia com a mesma quantidade de biomassa

Luciana Paiva

Na safra sucroenergética 2010/11, cada tonelada de cana-de-açúcar processada resultou em um total de 36 kWh, na média-Brasil. Já na safra 2020/21, esse mesmo indicador foi 56,2 kWh por tonelada de cana-de-açúcar processada, representando um crescimento de quase 60% no período.

Essa maior eficiência é resultado direto do investimento das unidades sucroenergéticas em retrofit - modernização, recuperação, repotencialização de um equipamento ou conjunto ou até a substituição completa por tecnologias de maior eficiência.

Este processo possibilita iniciar a exportação do excedente de energia elétrica, podendo chegar em até 75 kW/Ton cana, aumenta a confiabilidade operacional dos equipamentos, a eficiência do ciclo térmico da usina e pode preparar a caldeira para outros tipos de biomassa.

Em 2021, a previsão é que a bioeletricidade acrescente à matriz energética 398 MW, volume maior do que o ofertado em 2020, que alcançou 304 MW. Segundo levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a partir de dados da ANEEL, a estimativa é que o setor sucroenergético possa instalar 2,3 mil MW de 2021 a 2026.

Caso esses investimentos se concretizem a geração de energia elétrica para a rede pelo setor sucroenergético poderá aumentar 20% a 30% até 2026, em relação a 2020, significando atender entre 2,2 a 3,5 milhões de unidades consumidoras residenciais a mais por ano. Em 2020, a geração de energia elétrica para a rede pelo setor sucroenergético foi equivalente a abastecer 11,7 milhões de residências no país.

Em 2021, a previsão é que a bioeletricidade acrescente à matriz energética 398 MW, volume maior do que o ofertado em 2020, que alcançou 304 MW

Levantamento realizado pela UNICA, a partir de dados da ANEEL, nos últimos 10 anos (2011 a 2020), a estimativa é que o setor sucroenergético tenha instalado 5,5 mil MW, equivalente a um investimento da ordem de 14 bilhões na cadeia produtiva sucroenergética. Entre 2021 a 2026, a estimativa é que o setor sucroenergético possa instalar 2,3 mil, significando um investimento esperado em R$ 6 a 7 bilhões na cadeia produtiva.

Dados apurados pelo EPE em 2020, dentre as 366 usinas de açúcar e etanol em operação em 2020, 220 comercializaram eletricidade (60% do total de usinas). Havia um total de 146 usinas que não ofertava excedentes de energia elétrica para a rede (40% do total em 2020), indicando grande potencial a expandir na geração para a rede com o retrofit das usinas existentes, além do aproveitamento da palha e do biogás na geração de bioeletricidade.

Para Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da UNICA, não só as unidades que não comercializam eletricidade poderiam investir em retrofit, como grande parte daquelas que realizaram o retrofit no início dos anos 2000 deveriam realizar o retrofit do retrofit, aproveitando o avanço tecnológico para aumentar a eficiência, gerando mais energia com o mesmo volume de biomassa. Porém, para que isso ocorra em alta escala, é fundamental a criação de políticas públicas que deem previsibilidade para que o setor sucroenergético aumente os investimentos em bioeletricidade.

Zilmar de Souza defende a criação de políticas públicas para aumentar a participação da bioeletricidade na matriz energética nacional

Um ponto que não pode ser negligenciado na elaboração e na execução de projetos de retrofit nas unidades sucroenergéticas é que o trabalho precisa ser realizado por empresas especializadas na área. É o caso da CPFL Soluções. “Contamos com um time experiente e apto para realizar os diversos serviços na área de energia, implementando as melhores soluções energéticas para os clientes”, diz Eberson Muniz, consultor técnico da CPFL Soluções

O RETROFIT É IMPORTANTE, MAS AS MANUTENÇÕES ELÉTRICAS SÃO FUNDAMENTAIS

Se o retrofit é importante para a produção eficiente da bioeletricidade nas unidades sucroenergéticas, a manutenção das instalações elétricas é fundamental. Eberson explica que além de potencializar a vida útil dos equipamentos e possibilitar a melhoria do fornecimento de energia, a ponto de minimizar perdas e riscos no sistema elétrico, a manutenção possibilita maior controle e monitoramento, redução de falhas no desempenho dos equipamentos e máquinas, mais economia, evitando paradas inesperadas da produção, e maior confiabilidade das instalações elétricas.

Quanto mais as manutenções das instalações elétricas forem planejadas, maiores serão os ganhos e a segurança para o negócio”

Crédito foto: Divulgação CPFL

“E quanto mais as manutenções das instalações elétricas forem planejadas, maiores serão os ganhos e a segurança para o negócio. É importante que as usinas vejam a manutenção como investimento e não mais como simples despesa, pois ela agrega inúmeros benefícios técnicos e financeiros diretos no resultado do negócio”, ressalta o consultor técnico da CPFL Soluções.

Assim, caldeiras, geradores, linhas de transmissão, subestações, redes de distribuição e cabines de medição e distribuição precisam estar em ordem para um pleno funcionamento ao longo de toda a safra. E, diferentemente do retrofit que carece de políticas públicas, pois o investimento é alto, as manutenções são mais acessíveis e devem fazer parte do orçamento anual das empresas.

Eberson observa que as unidades sucroenergéticas precisam enxergar a manutenção como um investimento e não despesa, uma vez que a partir do momento em que existe uma contratação anual ou plurianual com itens específicos, como uma manutenção periódica, a empresa só tem a ganhar e os resultados diretos e mensuráveis. No caso das manutenções elétricas, por exemplo, os equipamentos terão maior vida útil, mais confiabilidade e segurança e aumento da eficiência energética, ou seja, irão gerar mais com menos dispêndio de energia. “O que também reduz a ocorrência de manutenções corretivas e emergenciais, que são um transtorno para qualquer empresa, pois elas param a produção, resultando em profundas perdas financeiras”, observa.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA NÃO PRECISA SER APENAS NA ENTRESSAFRA

A manutenção elétrica não precisa ocorrer apenas na entressafra, mas ao longo do ano

 Crédito foto: Divulgação CPFL

Zilmar concorda sobre a importância das manutenções elétricas, salientando que estão mais concentradas no período de entressafra, no entanto, a tendência é que aumente ainda mais a ocorrência de manutenções preventivas ao longo de todo o ano. Eberson explica que a manutenção preventiva se refere a um conjunto de inspeções realizadas regularmente, a fim de prevenir defeitos no funcionamento dos equipamentos. Como benefícios, destacam-se a prevenção das manutenções corretivas - uma vez que as ações são tomadas antes das paradas ou danos dos equipamentos; redução de quebras, envelhecimento e depreciação dos equipamentos; otimização do tempo e aumento da vida útil das peças.

Outra opção de manutenção levantada pelo profissional da CPFL Soluções é a preditiva, que está um passo à frente da preventiva, pois possibilita descobrir defeitos e detectar qualquer funcionamento anormal antes que ocorra uma parada não programada. Redução no tempo das manutenções - pois já se sabe quais os potenciais problemas serão solucionados; redução das desmontagens desnecessárias para inspeções e aumento da vida útil dos equipamentos estão entre as vantagens.

Eberson salienta ser importante que as usinas pensem em fazer contratações periódicas para as manutenções em suas instalações elétricas, com contratos anuais e plurianuais, pois darão a garantia de previsibilidade, maior confiabilidade em seu sistema elétrico e menores riscos em suas operações.

RETROFIT E MANUTENÇÃO ELÉTRICA SÓ PODEM SER REALIZADOS POR ESPECIALISTAS

Atualmente, a CPFL Soluções oferece serviços de manutenção para empresas sediadas no Estado de São Paulo e regiões limítrofes

Crédito foto: Divulgação CPFL

Assim como para os projetos de retrofit, a CPFL Soluções conta com uma equipe de profissionais especializados para realizar todos os tipos de manutenção nas instalações elétricas das usinas, sejam elas preventivas, preditivas, corretivas e/ou emergenciais. Além de oferecer soluções customizadas, com contratos periódicos.

“Após fecharmos um contrato de manutenção, que pode ser anual ou plurianual, fazemos um estudo para verificar o que realmente precisa ser feito, visando sempre agregar mais economia e vantagens. As nossas modalidades de contrato atendem todas as necessidades dos clientes. Podemos, por exemplo, atuar ao longo da safra na manutenção preventiva ou preditiva de uma subestação, linha de transmissão, rede de distribuição e/ou cabines de medição.

Mas é possível também conduzir um amplo diagnóstico em todas as instalações elétricas da usina a fim de detectar os pontos vulneráveis”, observa Eberson.

Atualmente, a CPFL Soluções oferece serviços de manutenção e retrofit para empresas de médio e grande porte. Já a parte de infraestrutura, que contempla a construção de linhas de transmissão e distribuição, além de subestação e conexão com geradores (parque industrial-distribuidora).

Para saber mais sobre as soluções da CPFL Soluções para o setor sucroenergético, basta clicar: https://cloud.cpflsolucoes-infos.com.br/Entressafra

Fonte: CanaOnline