Pesquisas buscam entender relação entre os herbicidas, variedades e ambientes de produção
29-06-2017

Roberto Toledo é um dos profissionais que busca entender melhor o manejo de herbicidas em MPB. (Foto: Divulgação Ourofino Agrociência)
Roberto Toledo é um dos profissionais que busca entender melhor o manejo de herbicidas em MPB. (Foto: Divulgação Ourofino Agrociência)

Com tantas dúvidas relacionadas ao manejo de plantas daninhas em mudas pré-brotadas, a Ourofino Agrociência iniciou um extenso trabalho de pesquisa em sua estação experimental visando entender a sensibilidade de algumas variedades em determinados ambientes de produção quando tratados com diferentes herbicidas do portfólio da marca. O projeto vem sendo realizado junto aos principais programas nacionais de melhoramento genético, como o Instituto Agronômico (IAC), o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa).


“Para fazer uma recomendação correta, devemos, primeiramente, entender todos os fatores que influenciam o manejo de plantas daninhas, como características físico-químicas de cada herbicida, sensibilidade das variedades de cana-de-açúcar e qual o ambiente de produção em que aquela muda será instalada, sendo que esse item envolve clima e textura do solo, além de intensidade e regularidade de chuvas”, explica Roberto Toledo, gerente de produtos herbicidas e cana-de-açúcar da Empresa.
A Empresa ainda não possa divulgar os resultados de sua pesquisa, mas Toledo adianta algumas informações. “Observamos que algumas variedades localizadas em solos de textura média e em períodos úmidos são mais sensíveis as doses cheias de determinados produtos. Dessa forma, temos que usar doses menores e complementá-las com outro herbicida para obter resultados de controle. O sulfentrazone é um exemplo que, em certos materiais, deve ter sua dose reduzida.”

Outras moléculas que podem ser trabalhadas em mudas pré-brotadas, mas cujas doses devem ser ajustadas nas variedades testadas pela Ourofino Agrociência, incluem a atrazina, diuron, metribuzin, clomazone e tebuthiuron. “Porém, é importante lembrar que a dose e o produto dependem de cada cultivar e de seu ambiente de produção. As variedades CTC 20 ou CTC 11, por exemplo, localizadas em solos de textura argilosa e em períodos secos, parecem aceitar as doses cheias do sulfentrazone sem problemas.”
Com relação a aplicação, o gerente de produtos herbicidas e cana-de-açúcar da Ourofino Agrociência afirma que esta deve ocorrer em até um dia antes do transplantio das mudas. Isso diminuirá o período de convivência entre as MPBs e os herbicidas no solo e, consequentemente, fará com que as mudas transplantadas sejam pouco prejudicadas pelo defensivo.

Após o transplantio, não deve ser aplicado herbicida de imediato, permitindo que as mudas pré-brotadas possam se estabelecer sem impedimentos. “Entretanto, devido à diversidade e à densidade populacional da flora daninha, há necessidade da realização de uma aplicação sequencial em 30 a 60 dias após o transplantio, sempre visando atingir o solo e não as folhas”, finaliza Toledo.

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